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Fiagros: vetor de crescimento para o agronegócio em momento de transição global

Fiagros são um vetor fundamental para impulsionar um setor em processo de transformação estrutural, em momento de tensão geopolítica.

Fiagros se mostram como vetor fundamental - Foto: iStock

Um dos motores da economia brasileira, o agronegócio tem um potencial enorme para destravar valor. Enquanto lá fora as tensões geopolíticas projetam um novo desenho global para o setor, no Brasil os Fiagros são um vetor fundamental para impulsionar um setor em processo de transformação estrutural, com a profissionalização da originação de crédito e a expansão da oferta no mercado de capitais.

Os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã elevam o grau de incerteza sobre rotas comerciais no Canal de Suez e no Estreito de Ormuz. O impacto direto tem sido observado nos preços internacionais das commodities agrícolas nos últimos dias.

O atual cenário do câmbio, com o dólar na faixa entre R$ 5,50 e R$ 6, torna o agro brasileiro altamente competitivo em termos de custo marginal de produção. O spread cambial reforça a rentabilidade dos exportadores nacionais, o que melhora as métricas de emissores do setor e atrai fluxo tanto de dívida quanto de equity para os elos mais estruturados da cadeia.

Num cenário que combina risco logístico, disrupção de oferta e busca por segurança alimentar, o agronegócio brasileiro desponta como beneficiário líquido — particularmente seus cinturões produtivos no Centro-Oeste e na região do Matopiba, o cinturão do agronegócio que compreende regiões de quatro Estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Fiagros: benefícios tributários devem atrair capital institucional

E é nesse novo ciclo que os Fiagros de crédito devem ampliar seu protagonismo. Com benefícios tributários relevantes e governança mais próxima do investidor final, os Fundos de Investimento da Cadeia Produtiva Agroindustrial passam a disputar espaço com instrumentos tradicionais, como as Letras de Crédito Agrícola (LCAs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). 

A crescente percepção de que o agro é “um ativo de segurança” atrai capital institucional para estruturas com liquidez em bolsa e capacidade de originação própria. “Há uma migração clara de capital defensivo para ativos reais. O investidor começa a entender que o agro brasileiro, especialmente no modelo estruturado, entrega não só retorno, mas proteção patrimonial contra os choques globais”, afirma Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.

A empresa é gestora de dois dos Fiagros negociados na B3, o SNAG11, focado em crédito, e o SNFZ11, que investe na valorização patrimonial de imóveis.

SNFZ11: terra como ativo estratégico 

O SNFZ11 é focado na aquisição de terras agrícolas com potencial de valorização a partir de uma série de fatores, como o desenvolvimento da infraestrutura interna, projeção de melhorias estruturais na região do imóvel e inflação estrutural. Com isso, a terra produtiva se consolida não só como reserva de valor, mas como investimento seguro para geração de valor.

Com uma carteira formada por uma fazenda na cidade de Gaúcha do Norte (MT) e por ativos de crédito que resultam no próprio desenvolvimento do imóvel, o SNFZ11 ampliou sua base de cotistas e começou a ser utilizado como moeda de permuta para produtores interessados em ganhar liquidez e diversificar patrimônio. Esse mecanismo — de troca de terras por cotas listadas — sinaliza a sofisticação crescente do agronegócio dentro do mercado de capitais e o papel estratégico dos fundos listados como hubs de consolidação do setor.

“Estamos construindo uma plataforma onde o produtor troca terra por cotas, e o investidor final acessa o agro com governança e isenção. Isso é uma revolução silenciosa”, explica Duarte, da Suno Asset. 

SNAG11: desempenho superior em um ciclo adverso

O SNAG11 vem se destacando como uma referência de estabilidade e retorno. Desde seu IPO em 2022, o fundo acumula retorno total de cerca de 40% e mantendo distribuição estável por cota, mesmo diante de um cenário de vários problemas de crédito dentro do agronegócio.

Com um P/VP de 0,94x e liquidez média superior a R$ 1 milhão por dia, o SNAG11 entrega crédito de qualidade, com a montagem de uma carteira high grade até hoje sem nenhum registro de inadimplência. E está acessível não só para os investidores institucionais, mas também no varejo, com cotas negociadas na faixa de R$ 10.

No centro da reconfiguração da economia global, o agronegócio brasileiro se mostra não apenas um fornecedor de commodities, mas um ativo financeiro de longo prazo. Em tempos de fragmentação geopolítica e insegurança energética, crédito estruturado e terras produtivas viram ativos estratégicos, e Fiagros como o SNAG11 e o SNFZ11 demonstram que é possível combinar retorno com liquidez e transparência na gestão com uma tese vencedora no longo prazo.

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