O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou na tarde desta quarta-feira (17) o corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do país. Com a decisão, os juros nos EUA passam a operar no intervalo de 4% a 4,25% ao ano.
Este é o primeiro corte nos juros após nove meses, período em que o Federal Reserve manteve a taxa estável por seis reuniões consecutivas. A última redução havia sido em dezembro de 2024, quando a taxa passou para o patamar de 4,25% a 4,50% ao ano.
A decisão do Federal Reserve não foi unânime. Um dos integrantes do Fomc (Federal Open Market Committee) defendeu um corte maior, de 0,50 ponto percentual. Ainda assim, a redução de 0,25 p.p. já era amplamente esperada pelo mercado.
A redução ocorre após forte pressão do presidente norte-americano, Donald Trump, para um corte de juros no país.
Fed aponta preocupações com economia e inflação
Em comunicado, o Fed destacou que a criação de vagas de trabalho vem desacelerando, ao mesmo tempo em que a taxa de desemprego registrou leve alta, embora permaneça baixa em termos históricos. O órgão também ressaltou que a inflação segue em nível relativamente elevado.
Segundo economistas, o movimento busca equilibrar o arrefecimento do mercado de trabalho com o risco de a inflação continuar resistente. Para Thiago Calestine, sócio da Dom Investimentos, “o Fed está tomando essa decisão porque ele está olhando tanto para dados de inflação quanto de desemprego”.
Instituições financeiras como Morgan Stanley e Deutsche Bank já revisaram suas projeções e agora esperam novas reduções ao longo das últimas reuniões de 2025. No mercado, há expectativa de que o Fed Funds seja reduzido em até três cortes adicionais até dezembro.
Além da decisão do Fed, o Comitê de Política Monetária (Copom) também se reúne nesta quarta-feira para decidir sobre a Selic, atualmente em 15% ao ano. Ao contrário do cenário norte-americano, a expectativa é que os juros sejam mantidos no Brasil.
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