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Ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried é preso nas Bahamas

Sam Bankman, ex-CEO da FTX, é preso nas Bahamas. Foto: Divulgação

Sam Bankman, ex-CEO da FTX. Foto: Divulgação

A procuradoria-geral das Bahamas anunciou nesta segunda-feira, 12, a prisão do ex-CEO da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried. Segundo comunicado emitido pelo organismo, a ação ocorreu após uma notificação dos Estados Unidos de que Bankman-Fried tinha acusações formais de crimes cometidos por ele. De acordo com a publicação, houve pedido ainda de extradição, que deverá ser processado de acordo pelos meios legais.

O primeiro-ministro das Bahamas, Philip Davis, afirmou que o país deseja seguir contribuindo com os EUA no caso, e que continuará com investigações próprias sobre as responsabilidades no colapso da FTX. O ex-CEO da falida empresa tem testemunho marcado perante um comitê do Congresso americana nesta terça-feira, sua primeira aparição sob juramento desde que a FTX pediu concordata há cerca de um mês. Bankman-Fried pode se apresentar à distância.

A FTX entrou com pedido de falência em 11 de novembro, quando a empresa ficou sem dinheiro após o equivalente em criptomoeda a uma corrida bancária. O colapso da segunda maior bolsa de criptomoedas atraiu a atenção mundial, e o Bankman-Fried está sob investigação criminal pelas autoridades dos EUA e das Bahamas.

FTX: por que a 2ª maior corretora de criptomoedas do mundo enfrenta sua pior crise

Nas últimas semana, a corretora de criptomoedas FTX vem enfrentando problemas graves. Na última sexta-feira, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial. Em comunicado, a companhia ainda informou que o então presidente-executivo, Sam Bankman-Fried, renunciou ao cargo

Apesar da renúncia, a FTX informou que Bankman-Fried seguiria auxiliando a empresa em uma transição ordenada. Em seu lugar John J. Ray III foi escolhido como CEO da empresa.

O pedido de falência da FTX aconteceu com base no Capítulo 11 do Código de Falências dos Estados Unidos.

Em comunicado, a corretora de criptomoedas afirmou que “o alívio imediato do Capítulo 11 é apropriado para fornecer ao Grupo FTX a oportunidade de avaliar a situação dos ativos e desenvolver um processo para maximizar as recuperações para as partes interessadas”.

O pedido de recuperação judicial ocorreu após o valor do Token da empresa, o FTT, registrar forte queda — o que resultou em um volume considerável de saques por parte dos investidores.

No passado, o ecossistema da corretora de criptomoedas contava com mais de US$ 50 bilhões em ativos. Contudo, uma reportagem do CoinDesk informou que grande parte desse total era garantida pela FTX. A reportagem trouxe dúvidas sobre a liquidez da plataforma, de forma a ocasionar o alto volume de saques.

Antes da polêmica recente, Bankman-Fried era bem visto por investidores de risco. O executivo, inclusive, chegou a ser capa de revistas como a Forbes.

Quantia bilionária em fundos de clientes teria desaparecido

Conforme apurado pela Reuters, ao menos US$ 1 bilhão em fundos de clientes desapareceram da plataforma FTX, de acordo com duas fontes com conhecimento do assunto.

Essas pessoas afirmaram que Bankman-Fried teria transferido, de forma secreta, US$ 10 bilhões em fundo de clientes da corretora para a trading Alameda Research, do fundador da companhia. Desde então, uma parte considerável desse total teria desaparecido, segundo eles.

No último sábado (12), em comunicado sobre o desaparecimento da quantia bilionária em fundos, John Ray disse que “houve acesso não autorizado a certos ativos”. Ele explicou ainda que a companhia estava em contato com órgãos de polícias e autoridades. A FTX investiga eventual ataque hacker.

Seguindo parte da fase de concordata, a companhia divulgou que está transferindo os fundos restantes de moedas digitais para um local mais seguro de armazenamento.

Com Estadão Conteúdo

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