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Colapso do Evergrande é o maior teste para o sistema financeiro da China; entenda por quê

Evergrande. Foto: Reprodução/Site Evergrande

Evergrande. Foto: Reprodução/Site Evergrande

As atenções mercado financeiro estão voltadas para a Evergrande, a gigante imobiliária da China que anunciou possibilidade de calote.

À CNBC, o economista-chefe da Capital Economics para a Ásia, Mark Williams, afirmou que “o colapso da Evergrande seria o maior teste que o sistema financeiro da China enfrentou nos últimos anos.”

Além disso, os efeitos do calote da Evergrande poderiam ir além das fronteiras chinesas, alcançando outros mercados, frente ao tamanho da companhia, de acordo com analistas.

A Evergrande é a segunda maior incorporadora imobiliária da China em vendas, mas também é a mais endividada do mundo, com uma dívida de US$ 300 bilhões. Desde junho deste ano as vendas da companhia vêm caindo e, na última terça-feira (14). a companhia anunciou, em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, que esse declínio deve continuar durante setembro.

No documento, a Evergrande culpou “reportagens negativas” da imprensa pelo desempenho ruim no período – em que concorrentes do ramo imobiliário tiveram o resultado oposto, de alta nas vendas.

Cita ainda que contratou uma equipe para “avaliar a estrutura de capital do grupo e explorar todas as soluções viáveis para aliviar o problema de liquidez atual”.

Fluxo de caixa da Evergrande está pressionado

Contudo, a  empresa explicou que, se o declínio nas vendas continuar, pode levar a uma “contínua deterioração da coleta de dinheiro pelo Grupo, o que, por sua vez, colocaria uma enorme pressão sobre o fluxo de caixa e a liquidez da companhia.”

Nesse cenário de liquidez pressionada, a classificação da companhia foi rebaixada por agências de classificação de risco.

Caso o colapso da Evergrande se espalhe, os principais afetados seriam bancos, comparadores de casas, investidores a também os fornecedores.

O sistema de financiamento chinês sentiria o impacto, já que grande parte dos empréstimos tomados pela companhia foram de bancos chineses. Uma pressão no setor de financiamento poderia frear atividades.

O minério de ferro também fica pressionado com esse cenário de possível calote da Evergrande, uma vez que a construção civil é um dos grandes vetores de procura pelo aço.

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