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EUA: vendas no varejo surpreendem e sobem 0,6% em junto ante maio

PIB dos Estados Unidos desacelera no 3º trimestre

Bandeira dos Estados Unidos. Foto: Pixabay

As vendas no varejo dos EUA avançaram 0,6% em junho ante maio, para US$ 621,3 bilhões, de acordo com dados ajustados sazonalmente, divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Departamento do Comércio.

O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 0,4% nas vendas do último mês. Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista dos EUA tiveram expansão de 1,3% no confronto mensal de junho.

Neste caso, a projeção era de acréscimo de 0,4%. Já os dados de maio ante abril foram revisados, mostrando queda de 1,7% nas vendas totais e declínio de 0,9% no resultado sem automóveis.

Nove das 13 categorias de varejo registraram aumentos nas vendas no período, incluindo ganhos sólidos em lojas de eletrônicos e eletrodomésticos, lojas de roupas e restaurantes.

A reabertura econômica, sobretudo das empresas mais afetadas pela ausência de atividade social durante a pandemia, está colaborando para impulsionar os negócios.

Inflação chega a 5,4% em 12 meses

A inflação norte-americana avançou 0,9% em junho ante maio, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio na última terça-feira (13), também reforçando a tese de forte recuperação econômica.

O resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), como é denominada a inflação dos EUA, veio bem acima da mediana das previsões de analistas.

O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,9% na comparação mensal de junho, superando de longe a mediana das projeções.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reconheceu que a inflação está “bem acima” do que a instituição esperava e que a autoridade monetária enfretará desafios.

“Nossa expectativa é que número deve permanecer em patamar elevado em 2021 devido ao efeito base de 2020, encerrando 2021 em 3,5% e recuando para 1,8% em 2022”, comenta a corretora.

A declaração foi dada na última quinta-feira (15), em depoimento no Comitê Bancário do Senado. O chairman do BC, contudo, entende que as pressões são temporárias e que os estímulos monetários ainda não estão chegando ao fim.

Tendência dos EUA é retomar nível pré-pandemia

Powell também disse que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano retornou ao nível observado antes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O dirigente, porém, reforçou que o mercado de trabalho está se recuperando de maneira mais lenta do que a produção.

Segundo ele, ainda é cedo para concluir se o recente aumento no auxílio-desemprego, aprovado no âmbito do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, teve algum efeito na desaceleração do emprego nos EUA.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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