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EUA estão perto de acordos com vários países, ‘exceto China’, diz secretário

Comércio Exterior; Brasil; Estados Unidos; EUA - Foto: Pixabay

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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou nesta segunda-feira (5) que o país está perto de fechar acordos comerciais com diversos parceiros, mas destacou que a China ainda apresenta resistência às negociações.

“Estamos muito próximos de fechar alguns acordos comerciais, alguns virão talvez ainda esta semana. Estou altamente confiante de que 17 parceiros comerciais, excluindo a China, apresentaram propostas comerciais muito boas”, disse, em entrevista à CNBC.

O secretário, que no domingo (4) se encontrou com o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, foi cauteloso ao comentar as negociações com Pequim. “Podemos ver um progresso significativo no comércio com a China nas próximas semanas”, afirmou, mas ressaltou que o país asiático “só ofereceu o que disseram publicamente”.

Além do comércio, Bessent projetou uma retomada econômica, na semana seguinte ao anúncio de que o PIB dos EUA recuou 0,3%, na leitura inicial para o primeiro trimestre. “Acho que podemos retomar um crescimento de 3% até este período no ano que vem.”

Sobre a agenda do governo Trump, destacou a desregulamentação, com foco em instituições menores: “Estamos concentrando o foco da desregulamentação bancária nos bancos comunitários e nos bancos regionais de menor porte.”

EUA e juros: secretário vê queda da inflação

Questionado sobre o mercado, o secretário disse preferir “não falar sobre o mercado quando ele está muito volátil”. Sobre a inflação, por sua vez, Bessent afirmou que os dados seguem sólidos, mas não quis fazer projeção para a reunião desta semana do Fomc, o comitê aberto do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano): “A medida preferida do Federal Reserve (Fed) para a inflação está em queda, o mercado não está precificando inflação. Os dados concretos ainda são resilientes.”

Em entrevista ao programa “Meet the Press” da NBC News, gravada na sexta-feira (2) e transmitida na noite de domingo (4), o presidente Donald Trump manteve o pedido por redução nas taxas de juros, mas descartou uma substituição antecipada do presidente do Fed, Jerome Powell. “Não, não, não. Por que eu faria isso? Eu terei a oportunidade de substituir essa pessoa em um curto período de tempo”, disse Trump.

Sobre as taxas de juros, atualmente no intervalo entre 5,25% e 5,50%, Trump foi enfático ao cobrar reduções. “Ele deveria baixá-las. E em algum momento, ele vai. Ele prefere não fazer isso porque não é meu fã. Ele simplesmente não gosta de mim porque acho que ele é um completo teimoso”, afirmou o presidente.

Com Estadão Conteúdo

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