A Eletrobras (ELET3; ELET6) deve se posicionar como uma importante pagadora de dividendos, de acordo com um novo relatório do Bradesco BBI. O banco projeta distribuição anual entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões, o que representa um dividend yield estimado de 7% a 8%.
Além dos dividendos da Eletrobras, os analistas apontam que o potencial de remuneração ao acionista pode ser ampliado por meio da venda de ativos considerados não essenciais, como a participação remanescente na ISA Energia (ISAE3) ou até mesmo a Eletronuclear.
O relatório também destaca que a liquidação de disputas judiciais, especialmente com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), pode destravar valor adicional. Já o avanço no projeto de Angra 3 deve tornar mais viável a venda da Eletronuclear, abrindo espaço para novos recursos a serem destinados aos investidores.
Apesar de riscos de curto prazo ligados à possível queda do PLD no quarto trimestre de 2025, o BBI avalia que o impacto seria pontual. A instituição ressalta ainda que as ações da Eletrobras são negociadas com desconto relevante frente ao valor patrimonial ajustado, em um contexto de preços de energia em alta.
BBI eleva preço-alvo de Eletrobras (ELET3; ELET6)
O Bradesco BBI revisou para cima sua projeção para os papéis da companhia. O preço-alvo das ações preferenciais classe B (ELET6) passou de R$ 65 para R$ 83, o que implica potencial de valorização de 55,8% em relação ao fechamento da última sexta-feira (26). A recomendação de compra foi reiterada.
Segundo o banco, a decisão reflete uma visão mais construtiva para os preços de energia no longo prazo, agora projetados em R$ 210 por megawatt-hora até 2030, contra R$ 180 estimados anteriormente.
Os analistas destacaram que a Eletrobras (ELET3; ELET6) segue bem posicionada no segmento de geração, com ativos hidrelétricos relevantes e exposição a energia não contratada. Esse perfil deve se beneficiar da maior volatilidade e da tendência de alta nos preços à vista.
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