O dólar fechou em forte queda, cotado a R$ 5,38, o menor valor registrado desde junho de 2024. A moeda americana caiu 1,06%, ampliando as apostas de que os dados de inflação tanto no Brasil quanto nos EUA favorecem uma eventual redução de juros.
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu apenas 0,2% em julho, aliviando temores de pressões inflacionárias mais fortes e dando espaço para o Federal Reserve considerar cortes de juros no futuro próximo.
Já no Brasil, o IPCA avançou 0,26%, um número um pouco acima de junho, mas ainda assim abaixo das expectativas do mercado. O alívio nos preços de alimentos e a pressão da energia elétrica no índice acabaram contribuindo para uma leve alta. Esses dados, aliados a um contexto internacional de inflação mais controlada, resultaram em uma forte valorização do real.
O que impulsionou a queda do dólar?
O recuo do dólar está fortemente atrelado aos dados de inflação dos dois países, que reforçam as expectativas de uma política monetária mais flexível. Analistas apontam que a desaceleração da inflação nos Estados Unidos e a melhoria do cenário no Brasil têm efeitos diretos sobre a moeda americana, que já acumula uma queda de 12,85% neste ano.
Além disso, o índice DXY, que mede o valor do dólar contra outras moedas, também recuou 0,45%, mostrando a fraqueza global da moeda. Esses fatores combinados fizeram com que o dólar comercial atingisse seu menor valor desde junho de 2024.
Impacto no mercado brasileiro
Embora a atenção esteja voltada para a queda do dólar, o Ibovespa também teve um dia positivo, subindo 1,69%. O principal índice da Bolsa de Valores reagiu favoravelmente aos dados econômicos, com destaque para ações como as do BTG Pactual, que dispararam 12,52%. Para mais detalhes sobre a alta do Ibovespa, confira a nossa matéria exclusiva aqui.
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