O dólar iniciou a semana em baixa nesta segunda-feira, 8 de setembro, ante a maioria das moedas, com exceção do iene japonês, que reagiu ao quadro político do Japão. A pressão sobre a moeda americana se deu pela especulação crescente de que o Federal Reserve (Fed) possa cortar as taxas de juros, com uma expectativa de redução de até 50 pontos-base na próxima reunião de política monetária, marcada para 16 e 17 de setembro. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,32%, a 97,454 pontos.
De acordo com especialistas, a especulação de um possível corte de juros do Fed impactou diretamente o valor da moeda, além do impacto do payroll divulgado na sexta-feira, que reforçou a expectativa de flexibilização monetária. Um banco observou que, com tanta flexibilização já precificada, há espaço para uma desvalorização do dólar nos próximos meses, prevendo que o euro atinja US$ 1,20 até o fim do mandato de Jerome Powell à frente do Fed no próximo ano.
Movimentos internacionais e crise política
Enquanto o dólar perdia força, o iene japonês foi pressionado pela especulação sobre mudanças políticas no Japão. O próximo líder do partido LDP pode ser menos receptivo ao ciclo de aumento de juros do Banco do Japão (BoJ), o que gerou uma desvalorização do iene. Na zona do euro, a crise política na França também pesou sobre o mercado. A derrota do primeiro-ministro francês, François Bayrou, na votação de confiança gerou incertezas políticas na região.
Além disso, no mercado emergente, a Argentina viu o peso despencar após a derrota do partido governista na eleição da província de Buenos Aires, o que levantou temores sobre a continuidade dos planos econômicos do presidente Javier Milei.
Expectativas para o futuro do dólar
Com o cenário de incertezas políticas e monetárias, analistas projetam que o dólar continuará pressionado nos próximos meses, à medida que os mercados digerem o impacto de um possível corte de juros pelo Fed e as crises políticas globais. A moeda americana continua a perder força frente ao euro e à libra, que tiveram alta nesta segunda-feira, a US$ 1,1766 e US$ 1,3553, respectivamente.
Com informações da Agência Estado
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