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Desigualdade de renda no Brasil atinge maior patamar da série histórica

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a desigualdade de renda dos brasileiros atingiu o maior patamar registrado.

A desigualdade de renda é medida por uma escala de 0 a 1, quanto mais próximo do 1 maior a desigualdade. Esse medidor é conhecido como o índice de Gini. O Brasil ficou com 0,627 em março de 2019.

Desigualdade ao longo dos anos

Esse é o pior resultado da série história que teve início em 2012. Desde 2015 o País tem se aproximado ao número 1, ou seja, a desigualdade vem crescendo consecutivamente.

Os mais pobres foram os mais atingidos pela crise

Ademais, a pesquisa revela que a crise econômica teve efeito maior em pessoas que possuem renda menor. Ou seja, os que ganham menos sofreram mais dos que os que possuem renda maior.

Além disso, a recuperação dos mais ricos tem sido bem mais rápida do que a dos mais pobres.

Os dados analisados são os da variação da renda média acumulada pelos 10% mais ricos da população e os 40% mais pobres.

Antes da crise, os mais ricos aumentaram sua renda em 5%. Já os mais pobres em 10%. No entanto, após a crise, os ricos tiveram aumento de 3,3%, por sua vez os pobres, queda de mais de 20%.

Saiba Mais: Desigualdade de renda: houve alta entre brancos e negros, aponta Ipea

Em sete anos, a renda acumulada dos mais pobres caiu 14%, enquanto a renda dos mais ricos aumentou 8,5%.

“Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um. Quem tem mais experiência e anos de escolaridade acaba se saindo melhor do que quem não tem”, disse o pesquisador de Economia Aplicada da FGV, Daniel Duque.

Para Duque, essa desigualdade de renda é reflexo da dinâmica do mercado de trabalho por conta da economia fraca.

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