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Crescimento do PIB será mais lento e sadio, diz Campos Neto

PIB

Crescimento do PIB vai ser mais lento, mas sadio, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, falou sobre o aumento da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e afirmou que a economia brasileira deverá crescer em ritmo mais lento, mas de maneira sadia.

Campos Neto participou nesta sexta-feira (8) do encontro com as empresas italianas em São Paulo. O evento foi organizado pela Embaixada da Itália no Brasil e pelo Consulado da Itália na capital paulista. O presidente do BC tratou diretamente de assuntos como o PIB e o crescimento da economia do País.

“O Brasil teve anos de crescimento que pareciam bons, mas, se comparado com o resto do mundo, eram ruins. Nós estamos tentando reinventar isso, para deixar mais sustentável”, disse Campos Neto.

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Crescimento sustentável do PIB

De acordo com o presidente do BC, o histórico de investimento público na economia realizada em governos passados fez com que o crescimento do PIB não fosse sustentável.

“O Brasil cresceu bastante no passado, mas com a produtividade caindo, pois, quando crescimento é feito com injeção de de dinheiro, ele não é tão sustentável como é quando é feito com dinheiro privado. Estamos tentando tirar o governo de cena. Quem vai fazer o Brasil crescer são os senhores”, explicou Campos Neto, falando para uma platéia de empresários italianos.

Segundo Campos Neto, foram justamente os excessos das políticas fiscais dos governos passado que fizeram com que o País tivesse problemas com as contas públicas.

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“No Brasil, tivemos uma historia de fortes impulsos de investimentos públicos. Quando o fiscal começou a bater no teto, teve a invenção de fazer o parafiscal, como abrir fundos, abrir bancos de fomento, etc”, explicou Campos Neto. 

Argentina e choques impediram Brasil de crescer mais

Além disso, o presidente do BC também explicou os motivos de o crescimento brasileiro ficar aquém das projeções iniciais neste ano.

“A gente tinha uma expectativa esse ano de crescimento que estava em volta de 1,7%, 1,8%. A crise da argentina tirou 0,18% da exportações brasileiras”, disse o presidente do BC.

“O choque global e o choque de Brumadinho [rompimento da barragem da Vale] nos custaram um crescimento, e ajustando nisso, não estamos tão longe do quanto programamos no começo’, completou Campos Neto.

Para 2020, Roberto Campos Neto afirmou que o país deve ficar com o crescimento projetado pelo mercado, apesar de alguns analistas já revisarem para cima tal projeção.

“Eu vejo o mercado que em 2020, o crescimento do PIB está com 2%, mas tem alguns bancos e alguns analistas que estão revisando o crescimento pra cima”, disse o presidente do Banco Central.

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