Ícone do site Suno Notícias
Gustavo Cruz
Gustavo Cruz

O que torna Petz (PETZ3) um investimento promissor?

Com mais de 139 milhões de pets, o Brasil tem o segundo maior mercado no segmento do mundo. Estamos falando de 54,2 milhões de cães, 23,9 milhões de gatos, 19,1 milhões de peixes, 39,8 milhões de aves e mais 2,3 milhões de outros animais dentro das casas dos brasileiros.

Com um mercado deste tamanho, se torna estranho pensar que apenas em 2020 tivemos o primeiro IPO de uma empresa do setor na bolsa brasileira, a Petz (PETZ3). Em um mercado tão promissor, não faltam motivos para ficar empolgado com o setor.

Os números acima impressionam, e ficam ainda mais impactantes ao cruzarmos com outros dados do IBGE. A cada 100 famílias, 44 criam animais de estimação, enquanto só 36 possuem crianças em casa. Essa tendência também é acompanhada em outros países desenvolvidos, onde a taxa de natalidade vem caindo nas últimas décadas.

As estatísticas vão mais além, e indicam que quanto mais verticalizada e envelhecida uma cidade, maior a tendência por gatos, 8,1% segundo o Instituto Pet Brasil.

Trazendo a conexão do macro para o micro, o contexto aponta um mercado em ascensão. Seguem 2 pontos micro, para demonstrar um potencial interessante. 

O primeiro é o gasto mensal do brasileiro com seus pets, o próprio instituto indica que as despesas ficam em R$274,37, R$ 326,98 e R$ 425,24 com cachorros pequenos, médios e grandes, respectivamente. Com gatos, a despesa mensal média é de R$ 205,94.

Nos Estados Unidos, anualizando os valores, os gastos são até 5 vezes maiores. Usualmente, analistas utilizam mercados mais desenvolvidos para projetar um potencial de amadurecimento do mercado brasileiro.

O segundo ponto é o mercado brasileiro pulverizado, em pequenas lojas e clínicas veterinárias. Enquanto as megalojas representam apenas 10% de participação de mercado, distante dos 20% de Alemanha e Estados Unidos.  Exatamente neste ponto, que entram as ações da Petz. Por enquanto, a única companhia do setor listada, de fácil acesso ao investidor.

A Petz vem se destacando no mercado, com uma expansão acelerada após o IPO. Além de ter realizado duas compras recentes, a Zee Dog e a Cansei de Ser Gato. O que são novos vetores em uma companhia que registra uma recorrência de compras em 7,5x ao ano, com gasto médio anual de R$1000 de seus clientes.

Petz possui um programa de fidelidade, e explora bem a omnicanalidade, sendo pioneira com um site em 2015 e aplicativo em 2018. Seguindo a “receita” de importantes supermercados, a empresa projeta avançar na direção de produtos próprios nos próximos anos.

Atualmente conta com 143 unidades, sendo 35 inaugurações nos últimos 12 meses. Presença também na parte de serviços, com 120 unidades de veterinária Seres, das quais 10 hospitais. Recentemente entrou na região Norte, marcando presença em todas as regiões do Brasil.

Além da expansão com novas lojas, se mostrou ágil ao garantir a aquisição de duas marcas promissoras no mercado de pets, a Cansei de Ser Gato (“CDSG”), uma das maiores plataformas digitais de conteúdo e produtos exclusivos para gatos no Brasil.

Depois a Zee.Dog, também com força importante na internet e presença além das fronteiras brasileiras. Certamente duas adições interessantes para o ecossistema da Petz, agregando a sua força na capilaridade física.

Voltando ao macro, o país certamente atravessará um 2022 desafiador. Em momentos como esse, investidores buscam ações com tendências de mais longo prazo. Justamente a tese da Petz se encaixa ao contexto.

Segundo a Sindan, até 2030 a quantidade de animais de estimação crescerá 26%, sendo mais de 101 milhões de cães e gatos. Ao investir em uma ação, sempre se pergunte, “quem comprará esse papel da minha carteira após algum tempo?”. Certamente, não faltarão motivos para buscarem a Petz nos próximos anos.

Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

Sair da versão mobile