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CDI ou poupança: o erro que pode custar caro ao investidor, segundo XP

Relatório da XP mostra que o CDI supera a poupança em rentabilidade e segurança para o investidor.

Relatório da XP mostra que o CDI supera a poupança em rentabilidade e segurança para o investidor.Foto: iStock

Deixar o dinheiro parado na poupança é como correr uma maratona de costas. Enquanto o investidor pensa estar avançando, o rendimento mal acompanha o ritmo da inflação. Poucos erros custam tão caro quanto esse, isso quem afirma são os analistas da XP, que completam: quem aplica em investimentos atrelados ao CDI pode ganhar até o dobro, e com o mesmo nível de segurança.

Em um relatório distribuído a clientes, a XP explica que, embora ambos sejam investimentos de baixo risco, eles funcionam de forma diferente. O CDI é uma taxa que acompanha a Selic, servindo de referência para CDBs, LCIs, LCAs e fundos DI, enquanto a poupança tem sua remuneração atrelada à Taxa Referencial (TR) e a uma fração da Selic.

Entenda o que é o CDI e por que ele é tão relevante

Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é um dos principais indicadores da renda fixa brasileira. Ele reflete os juros praticados entre bancos e, por isso, costuma andar lado a lado com a Selic.

Na prática, o CDI não é um investimento em si, mas um índice que serve de base para calcular o rendimento de aplicações financeiras. “Ele mostra o custo do dinheiro no mercado interbancário e indica quanto os bancos pagam uns aos outros para empréstimos de curtíssimo prazo”, explica o relatório.

Por esse motivo, títulos que rendem 100% do CDI acompanham o desempenho dos juros básicos, oferecendo ganhos consistentes — especialmente em períodos de Selic elevada, como o atual.

Poupança: simples, segura, mas com rendimento limitado

Já a poupança, lembra a XP, é a aplicação mais tradicional do país, com rendimento garantido por lei e isenção de Imposto de Renda. Atualmente, quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, ela paga TR + 0,5% ao mês, o que representa algo próximo de 6% a 7% ao ano — bem abaixo do CDI, que tem superado os 12% em determinados períodos.

O relatório reforça que, apesar da proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e da facilidade de resgate imediato, a poupança “costuma entregar retorno real negativo” em contextos de inflação alta e juros elevados.

CDI ou poupança: qual oferece melhor rentabilidade?

Para os analistas da XP, a comparação é clara: investimentos atrelados ao CDI superam a poupança na maioria dos cenários. Mesmo com o desconto do Imposto de Renda regressivo, que pode chegar a 15% para aplicações de longo prazo, os retornos líquidos de CDBs e fundos DI tendem a ser superiores.

“Durante ciclos de alta da Selic, aplicações que seguem o CDI tendem a se valorizar significativamente”, aponta o relatório. A XP destaca que essa diferença de rentabilidade pode ser determinante para quem busca crescimento sustentável e inteligente do capital.

Segurança e liquidez também pesam na escolha

Tanto os produtos ligados ao CDI quanto a poupança contam com garantia do FGC até R$ 250 mil por instituição financeira. No entanto, a XP ressalta que a solidez do emissor deve sempre ser considerada, especialmente no caso de títulos privados.

Em relação à liquidez, a poupança ainda leva vantagem pelo resgate imediato, mas algumas alternativas já oferecem liquidez diária, combinando flexibilidade e retorno mais competitivo.

No fim das contas, dizem os analistas da XP, o segredo está em entender o próprio perfil e os objetivos financeiros. Para quem busca mais rendimento e está disposto a diversificar, aplicações atreladas ao CDI tendem a ser a escolha mais vantajosa.

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