Com a aproximação da temporada de resultados, o mercado volta os olhos para os números que vão definir o humor dos investidores até o fim do ano. A safra de balanços do 3º trimestre de 2025 (3T25) promete mostrar o quanto as empresas brasileiras conseguiram navegar por um cenário de juros altos, câmbio volátil e recuperação desigual entre setores.
A Romi (ROMI3) abre a temporada no dia 22 de outubro, seguida pela Neoenergia (NEOE3) em 27 de outubro, dando início a uma sequência de balanços que se estende até 14 de novembro. A partir do fim de outubro, o calendário ganha força com nomes de peso como Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Itaú Unibanco (ITUB4), Suzano (SUZB3)e Petrobras (PETR4).
Segundo relatório da XP Research, o trimestre deve ser misto entre os setores. “Esperamos um trimestre sólido para mineradoras como Vale e CSN Mineração, sustentado por preços mais altos de minério de ferro e controle de custos. Já no segmento de celulose, empresas como Suzano devem sentir o impacto de preços mais baixos e de um real mais forte”, destacaram os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano.
A XP também aponta que o segmento de embalagens e ouro pode trazer boas surpresas. “A Klabin deve mostrar resiliência, com boa demanda por papel e embalagens, enquanto a Aura tende a se beneficiar da alta do ouro e do início das operações em Borborema”.
Principais divulgações do 3T25
Outubro
- 22/10 – Romi (ROMI3)
- 24/10 – Usiminas (USIM5)
- 27/10 – Neoenergia (NEOE3)
- 28/10 – Hypera (HYPE3), Intelbras (INTB3)
- 29/10 – Bradesco (BBDC4), Kepler Weber (KEPL3), Profarma (PFRM3), ISA Cteep (TRPL4), D1000 (DMVF3)
- 30/10 – Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Multiplan (MULT3), Marcopolo (POMO4), Log Commercial Properties (LOGG3)
- 31/10 – Irani (RANI3), Tenda (TEND3), Fertilizantes Heringer (FHER3)
Novembro
- 03/11 – BB Seguridade (BBSE3), Pague Menos (PGMN3), Tegma (TGMA3), TIM (TIMS3)
- 04/11 – Itaú Unibanco (ITUB4), Klabin (KLBN11), Embraer (EMBR3), Raia Drogasil (RADL3), PetroRio (PRIO3), Iguatemi (IGTI11)
- 05/11 – Eletrobras (ELET3), Totvs (TOTS3), Vibra (VBBR3), Braskem (BRKM5), Minerva (BEEF3), Porto Belo (PTBL3)
- 06/11 – Petrobras (PETR4), Suzano (SUZB3), Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Assaí (ASAI3), Azul (AZUL4), Fleury (FLRY3)
- 07/11 – M. Dias Branco (MDIA3), Paranapanema (PMAM3)
- 10/11 – MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3), Even (EVEN3), Natura (NTCO3), Sabesp (SBSP3), Itaúsa (ITSA4)
- 11/11 – B3 (B3SA3), Movida (MOVI3), Porto Seguro (PSSA3), JSL (JSLG3), BTG Pactual (BPAC11), Localiza (RENT3)
- 12/11 – Cosan (CSAN3), Eneva (ENEV3), Equatorial (EQTL3), Randon (RAPT4), Taesa (TAEE11), Hapvida (HAPV3)
- 13/11 – Cemig (CMIG4), Cyrela (CYRE3), Localiza (RENT3), Marfrig (MRFG3), Yduqs (YDUQ3), BRF (BRFS3)
- 14/11 – Copasa (CSMG3), Celesc (CLSC4), Gol (GOLL4), Igua Saneamento (IGSN3), Biomm (BIOM3)
A primeira semana de novembro promete ser o pico da temporada, reunindo balanços de gigantes de commodities, varejo e financeiro. De um lado, a força de exportadoras como Vale e Suzano; de outro, o termômetro doméstico com Magazine Luiza, Assaí e Itaú.
Com o início dos balanços do 3T25, o investidor terá um retrato claro da saúde das companhias brasileiras, e poderá avaliar quais setores devem cruzar o fim do ano com mais fôlego na Bolsa.
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