A ação da Neoenergia (NEOE3) voltou aos holofotes após a Iberdrola, sua controladora, anunciar a compra de 30,29% da fatia detida pela Previ na companhia, ao preço de R$ 32,50 por ação. O movimento avalia a operação em R$ 11,95 bilhões e representa um prêmio de 15% em relação ao fechamento do pregão anterior. Segundo análise do BTG Pactual, a transação reforça a posição da Iberdrola, que passa a deter 83,8% do capital, mas não altera o controle da empresa.
BTG destaca solidez e potencial de valorização da NEOE3
O relatório do banco ressalta que o free float da Neoenergia permanece em 16,2% e que não há gatilho para tag-along, já que o acordo é classificado como consolidação do controle. Para os analistas, a principal dúvida do mercado é se a Iberdrola pretende fechar o capital, mas essa decisão não deve ser imediata. “O acionista controlador não precisa se apressar em tomar uma decisão sobre o fechamento de capital”, avaliou o BTG Pactual.
Mesmo diante da incerteza, a recomendação do banco segue positiva. O preço-alvo para NEOE3 foi reafirmado em R$ 40,00, frente à cotação atual de R$ 28,19, o que representa um potencial de valorização de 41%. Além disso, a empresa é vista como uma operadora sólida, com perfil conservador na alocação de capital e duration de caixa de 13 anos.
“A Neoenergia se mostra uma tese atraente para investidores, especialmente em um cenário de queda das taxas de juros”, destacaram os analistas Gisele Gushiken, Antonio Junqueira e Maria Schutz, do BTG Pactual.
No curto prazo, a leitura do mercado é que a compra da fatia da Previ reforça a presença da Iberdrola no Brasil, enquanto no médio prazo a NEOE3 tende a continuar apresentando bom desempenho.
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