Ícone do site Suno Notícias

Por que o BTG elevou a recomendação da Vale (VALE3) para compra? Entenda

Fachada da Vale (VALE3)

Vale (VALE3)

Hoje, após o fechamento do mercado, será divulgado um dos balanços mais aguardados desta temporada: o da Vale (VALE3). Às vésperas da divulgação, o BTG Pactual divulgou um novo relatório elevando a recomendação para os papéis da mineradora de neutra para compra.

De acordo com o BTG, a Vale atravessa uma fase de maior estabilidade após anos de desafios institucionais e operacionais, com menção à Brumadinho e Samarco, além de ter adotado uma postura mais rigorosa na aprovação de projetos e no uso de recursos.

Com base nesse novo contexto, o BTG decidiu elevar a recomendação dos papéis da companhia. O banco também revisou o preço-alvo dos ADRs da Vale (VALE3), que são recibos de ações negociados nos Estados Unidos que representam os papéis da empresa listados no Brasil, de US$ 11 para US$ 15.

Por que o BTG elevou a recomendação da Vale (VALE3)?

Segundo o relatório, a decisão reflete o cenário mais positivo para o minério de ferro e a solidez dos resultados recentes. O BTG afirmou que o papel segue “subposicionado entre investidores”, o que abre espaço para valorização adicional.

O banco também destacou que o preço do minério de ferro deve permanecer acima de US$ 95 por tonelada até 2027, acima das projeções anteriores. “Nossa curva agora se mantém confortavelmente acima de US$ 95/t até 2027”, diz o documento.

Além disso, o BTG espera resultados sólidos no 3º e 4º trimestres, com possibilidade de dividendos extraordinários modestos. A instituição projeta cash returns próximos de 12% em 2026, reforçando o potencial de valorização das ações da Vale.

O relatório acrescenta que a companhia se encontra “em posição muito mais sólida para reprecificação em relação aos pares australianos”, citando BHP e Rio Tinto, que têm enfrentado desafios em suas estratégias de alocação de capital.

Otimização de portfólio e eficiência

O BTG também ressaltou os ganhos da mineradora com eficiência operacional e disciplina de capital. De acordo com o relatório, a Vale reduziu o capex de US$ 6,5 bilhões para cerca de US$ 5,5 bilhões “sem alterar de forma material o escopo dos projetos”.

O banco destacou que a mineradora está mais rigorosa na aprovação de novos investimentos e que o crescimento futuro será concentrado em ferro e cobre, com este último se tornando o principal vetor de expansão a partir de 2027.

No campo comercial, o BTG apontou a nova estratégia de portfólio como um diferencial competitivo. “A estratégia de produtos da Vale busca torná-la uma fornecedora global flexível, capaz de se adaptar às necessidades dos clientes e maximizar a rentabilidade”, diz o relatório.

A instituição estima ganhos de US$ 1 a US$ 3 por tonelada na realização de preços, o que pode representar cerca de US$ 1 bilhão adicionais no EBITDA anual da Vale (VALE3). Essa melhora ocorre em um momento em que a produção deve ultrapassar 330 milhões de toneladas em 2025 e alcançar até 360 milhões até 2027, apoiada pela expansão do projeto S11D, em Carajás.

Sair da versão mobile