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Mercado tem surpresa positiva com resultados do Bradesco (BBDC4) no 1T25

Agência Bradesco: lucro recorrente de R$ 5,9 bilhões no 1T25 supera expectativas.

Agência Bradesco: lucro recorrente de R$ 5,9 bilhões no 1T25 supera expectativas.

O Bradesco (BBDC4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, avanço de 39,3% em relação ao ano anterior. A recuperação veio acima das expectativas do mercado, impulsionada pelo crescimento do crédito com garantias, avanço da margem financeira com clientes e controle da inadimplência. Segundo analistas, o resultado mostra que o banco começou o ano em trajetória positiva e com avanço em seu plano de reestruturação.

A XP Investimentos afirmou que o Bradesco apresentou resultados sólidos no 1º trimestre de 2025, superando as estimativas e o consenso, com ROAE subindo para 14,4% ante 11,7% no 4T24. Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães destacam que “vemos que o plano de transformação em andamento continua a ganhar força, apesar de um cenário macro desafiador”.

Ainda assim, ponderam que o desempenho pode não manter o ritmo “Mantemos nossa visão cautelosa, reiterando que o plano de reestruturação em andamento é bastante profundo e o ritmo de evolução dos resultados do banco provavelmente não seguirá uma trajetória linear”.

Bradesco (BBDC4) avança em plano de reestruturação

O BTG Pactual também classificou o balanço como positivo e destacou a consistência da recuperação de rentabilidade, observando que os números vieram 12% acima das suas estimativas. Segundo o banco, o principal destaque foi a margem financeira com clientes (NII), que cresceu 15% na comparação anual, e a performance das receitas com tarifas e seguros, com altas de 10% e 30%, respectivamente.

A carteira de crédito expandida atingiu R$ 1 trilhão (+12,9% A/A), com maior participação de linhas com garantia. Já o NII ajustado ao risco, foco da gestão, ficou em R$ 9,1 bilhões, 36% acima do 1T24, evidenciando melhora na rentabilidade líquida mesmo em cenário macroeconômico desafiador. A inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,1%, com estabilidade nas carteiras de varejo e PMEs, e leve piora em grandes empresas.

As despesas operacionais, apesar do impacto da Cielo e do banco John Deere, apresentaram melhora no índice de eficiência, que recuou 350 pontos-base no trimestre, para 49,7%. O segmento de seguros teve lucro líquido de R$ 2,4 bilhões (ROAE de 22,4%), enquanto o bancário representou 58% do lucro consolidado.

Ao final do trimestre, o índice de capital principal (CET1) subiu para 11,1%, e o índice BIS foi a 15,4%. Com esse desempenho, os analistas esperam reação positiva do mercado, mas seguem atentos à execução do plano de reestruturação ao longo do ano.

O Bradesco (BBDC4), portanto, inicia 2025 com um trimestre de virada, ainda que sob observação por parte de analistas quanto à sustentabilidade do ritmo de melhora nos resultados.

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