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Bolsas asiáticas fecham em baixa seguindo NY; Europa sobe após CPI abaixo do esperado

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira (03), seguindo o comportamento de Wall Street, que teve ontem seu pior desempenho diário em semanas com preocupações em relação à trajetória dos juros básicos nos EUA.

Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,44%, aos 127.548,52 pontos.

O índice japonês Nikkei caiu 0,97% em Tóquio, a 39.451,85 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 1,22% em Hong Kong, a 16.725,10 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,68% em Seul, a 2.706,97 pontos, e o Taiex perdeu 0,63% em Taiwan, a 20.337,60 pontos, após um grave terremoto atingir a ilha.

Na China continental, o Xangai Composto teve modesta baixa de 0,18%, a 3.069,30 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,66%, a 1.767,96 pontos.

O mau humor na região asiática veio após as bolsas de Nova York sofrerem perdas de até 1% ontem, em seu pior pregão em várias semanas, diante de temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) seja cauteloso e deixe para começar a reduzir juros apenas mais adiante, talvez no segundo semestre.

Com a falta de apetite por risco, pesquisa da S&P Global/Caixin que mostrou o PMI de serviços chinês avançando a 52,7 em março, como previsto, ficou em segundo plano.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou igualmente no vermelho, também sob o peso de Wall Street. O S&P/ASX 200 teve queda de 1,34% em Sydney, a 7.782,50 pontos.

Europa sobe após CPI

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta nesta manhã, enquanto investidores digerem os últimos dados de inflação da zona do euro, que vieram abaixo do esperado e melhoram as chances de que o Banco Central Europeu (BCE) sinta confiança de reduzir juros nos próximos meses.

Confira o desempenho dos índices por volta das 07h30:

A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou para 2,4% em março, segundo cálculo preliminar da Eurostat, vindo abaixo da expectativa de analistas, que previam repetição da taxa de 2,6% de fevereiro.

Há várias semanas, dirigentes do BCE vêm repetindo que estão em busca de novos sinais de que a inflação se move “de forma sustentável” para a meta oficial de 2% para considerar a hipótese de cortes de juros. De modo geral, a sinalização é de que a primeira redução de juros poderá vir em junho.

Ainda na zona do euro, a taxa de desemprego ficou inalterada em fevereiro ante o mês anterior, em 6,5%, bem próxima da mínima histórica de 6,4%.

Nas próximas horas, investidores na Europa vão acompanhar dados econômicos dos EUA em meio a preocupações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) possa deixar para começar a reduzir seus juros apenas no segundo semestre, fator que ajudou a derrubar as bolsas de Nova York ontem. Vários dirigentes do Fed, incluindo seu presidente, Jerome Powell, falam em eventos ao longo do dia.

*Com Estadão Conteúdo

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