A Boa Safra (SOJA3) registrou um aumento de 108% no lucro líquido no primeiro trimestre deste ano. Balanço divulgado nesta terça-feira (14) mostra que o montante atingiu R$ 16,85 milhões, contra R$ 8,091 milhões no mesmo período de 2024
A empresa também apresentou crescimento substancial em sua receita operacional líquida: R$ 131 milhões, 90% superior ao registrado nos primeiros três meses do ano passado (R$ 69 milhões).
De acordo com a companhia, o desempenho reflete o avanço das iniciativas de diversificação de portfólio e a consolidação de novas frentes comerciais.
A Boa Safra registrou receita operacional bruta de R$ 143 milhões, aumento de 68,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados R$ 85 milhões. A empresa apontou a retomada das entregas de soja e o avanço das iniciativas de diversificação do portfólio como fatores que contribuíram para os resultados.
Entre os principais componentes da receita bruta no período estão as sementes de soja, com R$ 34 milhões, os defensivos, com R$ 14 milhões, as sementes de sorgo (R$ 19 milhões), as sementes forrageiras, que somaram R$ 10 milhões.
O EBITDA Ajustado Consolidado totalizou R$ 28,6 milhões negativos, resultado semelhante ao registrado no 1T24, quando foi de R$ 29,2 milhões negativos.
Boa Safra (SOJA3) expande portfólio
A estratégia de diversificação do portfólio continuou gerando resultados positivos no primeiro trimestre deste ano, segundo a Boa Safra. Houve um crescimento de 63,3% nas receitas provenientes de outras culturas e serviços (sem considerar grãos).
Em reação às receitas financeiras, se destaca o aumento nos descontos obtidos por antecipação, que passaram de R$ 396 mil para R$ 6,4 milhões. Os rendimentos com aplicações financeiras, por sua vez, avançaram R$ 11,4 milhões para R$ 18,2 milhões, sempre na comparação com os três primeiros meses de 2024.
Análise
A equipe da XP Investimentos destacou em suas análises conjunturais o bom desempenho da Boa Safra (SOJA3) neste primeiro trimestre. Creditou às atividades em outras culturas que não a soja seu motor para o crescimento. “A ausência de gargalos na produção de sementes permitiu um ritmo de comercialização mais rápido”, apontaram os analistas.
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