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Top pick: Banco do Brasil (BBAS3) deve valorizar 65%, diz XP; entenda a recomendação

Banco do Brasil (BBAS3)

Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em atualização sobre a cobertura das ações do setor de bancos, a XP Investimentos destacou o Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) como as companhias mais bem posicionadas diante do cenário macroeconômico atual, que permanece desafiador, com grande potencial de valorização.

Em função do portfólio mais defensivo (e protegido) do Banco do Brasil contra eventuais aumentos na inadimplência, a empresa foi classificada como top pick do setor. O Itaú obteve a recomendação de compra.

A XP explicou, em relatório divulgado nesta terça-feira (14), que desde o início da pandemia os bancos brasileiros constituíram provisões consideráveis ​​para créditos de liquidação duvidosa em seus balanços.

“No entanto, as taxas de inadimplência caíram significativamente durante os estágios iniciais da pandemia de Covid-19. Desde o final de 2020, os atrasos aumentaram gradualmente, aproximando-se dos níveis pré-pandêmicos. Embora esperemos que as taxas de inadimplência continuem subindo no curto prazo, estabilizando na média histórica, não descartamos picos temporários de inadimplência, dado o ambiente de estagflação no curto prazo”, diz o texto.

Os analistas lembram que. apesar do receio sobre o potencial aumento temporário relacionado à inadimplência para pessoas físicas, a XP vê um impacto limitado nos resultados dos bancos analisados.

Isso ocorre porque eles BB e Itaú têm índices de cobertura saudáveis, com espaço para a expansão da margem financeira líquida – o que limita a pressão no lucro líquido.

“Nesse cenário, vemos o BB como a carteira mais defensiva e com provisões suficientes em seu balanço para amortecer o eventual impacto de taxas de inadimplência acima do esperado”, afirmam.

A XP acredita que o setor ainda terá oportunidades. As ações dos bancos brasileiros já superam o índice Bovespa no ano, numa média de crescimento de 13% contra -1% do Ibovespa.

“Ainda vislumbramos oportunidades no setor, apesar do forte desempenho acumulado no ano, com destaque para o Banco do Brasil e o Itaú”, pontuam.

A projeção para a ação do Banco do Brasil é de que seja negociado com valuation excessivamente descontado em relação aos pares do setor, de 3,9 vezes o P/E para 2022, contra 7,3 a 7,7 vezes dos pares.

Sobre o Itaú, a XP afirma que ainda “vemos espaço para valorização de ITUB4, principalmente devido à sua lucratividade líder do setor e desempenho operacional sólido, apesar de seu prêmio de valuation em relação aos concorrentes (7,6x P/E para 2022E vs 7,3x-7,7x dos pares)”. Os analistas recomendam a compra da ação do Itaú, no preço alvo de R$ 31, com potencial de alta de 29%.

A XP recomenda compra para Banco do Brasil, ao preço alvo de R$ 57, com potencial de valorização de 65%. O Itaú tem preço-alvo de R$ 31, com alta estimada em 29%.

As ações do BB fecharam o pregão desta terça em leve queda de 0,02%, cotada a R$ 33,52. Os papéis do Itaú encerraram a sessão de hoje com baixa de 0,67%, negociados a R$ 23,65.

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