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Banco Central aprova aquisição do banco Bexs por fintech controlada pelo Santander (SANB11), diz jornal

BCFF11 paga dividendos de 9,3% ao ano e anuncia lucro de R$ 14,1 milhões

BCFF11 paga dividendos de 9,3% ao ano e anuncia lucro de R$ 14,1 milhões. Foto: iStock

O Banco Central (BC) aprovou a compra do banco de câmbio Bexs pela fintech britânica Ebury, empresa de serviços financeiros do Santander (SANB11), anunciada em maio do ano passado, segundo informações do jornal Valor Econômico.

Ao jornal, o Bexs informou que a aquisição ampliará a oferta da Ebury de soluções internacionais de transferência de dinheiro para pequenas e médias empresas (PMEs) e produtos digitais para empresas online no Brasil, especialmente marketplaces, aplicativos e empresas de software.

“Estamos animados em expandir nossa oferta para PMEs no Brasil que atuam no comércio internacional e fortalecer nossa liderança no atendimento a plataformas digitais de e-commerce, investimentos e outras empresas que atuam no segmento crossborder”, disse Luiz Henrique Didier Jr, diretor-executivo da Ebury no Brasil, responsável por liderar o negócio na região, ao Valor.

Com a aquisição, diz o Valor, a fintech controlada pelo Santander pretende integrar 3 mil clientes no país até 2025.

“O mundo dos pagamentos internacionais ainda tem muitos pontos de fricção, e continuaremos a inovar para apresentar soluções que melhorem a experiência dos usuários desses serviços”, pontuou o diretor comercial global da Ebury, Fernando Pierri.

Com a conclusão da operação, agora autorizada pelo Banco Central, o Bexs passará a se chamar Ebury Bank no Brasil. A meta global da empresa é atingir receitas de 1 bilhão de libras, afirmou o Valor.

Banco Central: “Mercado de cartões no Brasil vai mudar muito”, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o mercado de cartões vai mudar muito nos próximos três ou quatro anos. Ao projetar como o sistema financeiro deve avançar no futuro, ele listou iniciativas que ainda não são realidade no Brasil.

Campos Neto defendeu, por exemplo, carteiras offline para pequenos pagamentos, mas ponderou que os bancos ainda não investiram nessa frente. Segundo ele, as pessoas poderiam transferir pequenas quantias e usá-las sem a necessidade de estarem conectadas.

presidente do BC avaliou ainda que o Pix, ferramenta de pagamentos instantâneos, deveria ter menos cliques para cada transação e que poderá ter mais funcionalidades. Ele também mencionou a necessidade de carteiras digitais e afirmou que há duas empresas que estão trabalhando nessa frente.

“Depois de integrar todos os seus dados financeiros, suas transações, tudo o que você faz, será armazenado em uma carteira digital e então você poderá monetizá-la”, explicou. “E queremos adicionar muito mais recursos no Pix. As oportunidades são infinitas”, acrescentou. Segundo ele, o Pix já é mais popular que todos os outros meios de pagamentos no Brasil. Na semana passada, a ferramenta atingiu cerca de 170 milhões de transações em apenas um dia.

Mudanças nos juros do cartão de crédito vêm sendo alvo de discussões no governo e entre bancos e operadoras de “maquininhas”.

O presidente do Banco Central afirmou ainda que o Brasil está desenvolvendo o maior sistema de open finance que existe. Trata-se de uma plataforma que permite o compartilhamento de informações de clientes entre as instituições financeiras. De acordo com Campos Neto, o objetivo é que os usuários possam, no futuro, comparar as taxas cobradas por diferentes instituições financeiras em tempo real.

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