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Banco Central aprova aumento de capital do Banco Master; entenda

gráfico de CDBs / Banco Master

Banco Master. Foto: Unsplash

O Banco Central aprovou o aumento de capital de duas empresas que fazem parte do grupo Master, que enfrenta dificuldades financeiras desde o veto à operação com o BRB. O Banco Master teve seu capital social elevado, assim como o Will Bank, controlado pelo mesmo grupo. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União.

No Banco Master, o capital subiu de R$ 1,167 bilhão para R$ 1,586 bilhão, um acréscimo de R$ 419 milhões. Já na Will Financeira, que opera como Will Bank, o aumento foi de R$ 370 milhões para R$ 788 milhões.

As medidas ocorrem em meio às tentativas de Daniel Vorcaro, controlador do grupo, de evitar uma possível intervenção do Banco Central. O empresário vem buscando alternativas para reforçar o balanço das instituições e reduzir o risco de liquidação.

Entenda o aumento de capital do Banco Master

Desde setembro, quando o Banco Central barrou a aquisição de parte dos ativos do Banco Master pelo BRB, a instituição financeira vem sofrendo pressões regulatórias. Na ocasião, mesmo após ajustes no tamanho da operação, a autoridade monetária manteve preocupações quanto à sucessão dos CDBs emitidos pelo Master.

Nos últimos anos, o banco cresceu rapidamente com uma estratégia de captação considerada agressiva, oferecendo CDBs com rendimentos acima da média do mercado e protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Entretanto, parte relevante dos ativos do banco é composta por investimentos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas em dificuldades.

De acordo com o balanço de 2024, o Master tinha R$ 12,4 bilhões em CDBs a vencer até o fim daquele ano, contra R$ 18,3 bilhões em ativos totais. O estoque geral de CDBs e CDIs chegava a R$ 49,8 bilhões. Em caso de quebra, o FGC poderia ser acionado para cobrir aplicações de até R$ 250 mil por investidor.

No caso do Will Bank, a instituição digital também vem enfrentando desafios financeiros. No primeiro semestre de 2025, registrou prejuízo de R$ 244,7 milhões, com R$ 14,36 bilhões em ativos. Parte dos recursos, cerca de R$ 7,44 bilhões, está concentrada em operações de crédito.

O banco digital chegou a atrair o interesse do apresentador Luciano Huck, que teria avaliado a compra de uma participação na instituição, que também é controlada pela dona do Banco Master.

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