Ícone do site Suno Notícias

B3 suspende negociações das ações da Oi (OIBR3) após falência; entenda

Oi (OIBR3) cancela AGE após Justiça afastar diretoria

Oi (OIBR3). Foto: Divulgação/Oi

A B3 anunciou nesta segunda-feira (10) a suspensão das negociações com os valores mobiliários da Oi (OIBR3). A decisão ocorre no mesmo dia em que a Justiça decretou a falência da companhia, encerrando quase uma década de tentativas de recuperação judicial.

Segundo comunicado divulgado às 14h58, a operadora da bolsa informou que a paralisação segue as normas que permitem interromper negócios para preservar a transparência e o bom funcionamento do mercado.

Com a decisão, as ações da Oi deixaram de ser negociadas na B3. Até o momento da suspensão, os papéis ordinários registravam queda de 35,71%, cotados a R$ 0,18, enquanto as ações preferenciais recuavam 47,85%, a R$ 2,43 — ambas nos menores patamares históricos.

Mais cedo, a B3 informou ainda que a suspensão das negociações foi amparada pelo artigo 43 do Regulamento de Emissores e pelo artigo 83, inciso IV, do Regulamento de Negociação da bolsa. A instituição não informou se ou quando os papéis da OIBR3 e OIBR4 poderão voltar a ser negociados.

Entenda o anúncio de falência da Oi (OIBR3)

Colocando fim a uma longa novela, a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decretou a falência da operadora de telecomunicações nesta segunda-feira (10). A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, transformou o processo de reestruturação da empresa em liquidação judicial.

De acordo com o despacho, “não há mais surpresas quanto ao estado do grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida”, afirmou a magistrada. A juíza também determinou a venda ordenada dos ativos da companhia, com o objetivo de maximizar o valor destinado ao pagamento dos credores.

O escritório Preserva-Ação, que já atuava como interventor judicial, foi designado para conduzir o processo de gestão durante o período de transição. Os demais administradores judiciais, Wald e K2, foram dispensados da função.

Em 2016, a Oi (OIBR3) entrou em sua primeira recuperação judicial com R$ 65 bilhões em dívidas. O segundo processo, iniciado em 2023, envolvia mais de R$ 15 bilhões em compromissos dentro e fora do processo de recuperação.

Sair da versão mobile