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Ânima (ANIM3) é top pick do BTG no setor de educação, que vê ciclo robusto de admissão; entenda

Ânima (ANIM3) no 4T23. Foto: Reprodução Facebook

Ânima (ANIM3) Foto: Reprodução Facebook

O BTG Pactual avalia que as empresas do setor de educação deverão ter uma melhoria gradual, mas ainda enfrentarão inúmeros desafios em 2024. No setor, como preferida, o banco escolheu a Ânima (ANIM3).

“As empresas de educação indicaram um robusto ciclo de admissão no primeiro semestre de 2024 até agora, impulsionado pela divulgação antecipada dos resultados do Enem“, comentam os analistas.

Segundo o BTG, a Ânima está confiante em entregar resultados fortes no 4T23. Apesar de esperar um aumento na dívida líquida, a alavancagem deve cair devido à expansão sólida do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para 2024, a expectativa é que a empresa continue disciplinada em relação a preços, custos e alavancagem.

O banco mantém recomendação de compra para Cruzeiro do Sul (CSED3) que, segundo a administração, deve ter as receitas líquidas acima da inflação novamente este ano, refletindo melhores volumes e um leve aumento no ticket médio.

Sobre a Vitrus, a recomendação também é de compra, na espera de melhor liquidez e redução dos custos neste ano. Além disso, as impressões iniciais do ciclo do primeiro semestre apontam para outro round de robusto crescimento de admissão. 

Para a Cogna (COGN3), o banco espera que as receitas cresçam em um dígito alto durante o ciclo de admissão do primeiro semestre de 2024. “A administração está confiante sobre novas oportunidades no canal B2G (soluções para o setor público), e o crescimento no negócio principal deve permanecer estável, apoiado por ligeiros ganhos de margem”, explica o BTG. No entanto, o banco recomenda venda para as ações. 

Ânima tem lucro líquido ajustado de R$ 34,6 mi

Ânima Educação (ANIM3) apresentou, no terceiro trimestre de 2023, lucro líquido ajustado de R$ 34,6 milhões, superando os ganhos de R$ 12,9 milhões reportados no mesmo período de 2022. Assim, a companhia aumentou o resultado positivo em 168,2%.

Já o lucro bruto da Ânima chegou a R$ 637,2 milhões no período, aumento de 10,7% na base anual, enquanto a margem bruta da Ânima foi de 67,8%, ante 63,6% um ano antes.

O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Ânima veio em R$ 308,2 milhões, 9,0% superior ao terceiro trimestre de 2022, com margem Ebitda ajustada de 32,8%, aumento de 1,6 ponto percentual (p.p) sobre o mesmo período de 2022.

receita líquida da Ânima foi de R$ 940,4 milhões, 3,9% superior na comparação anual.

geração de caixa operacional da Ânima no terceiro trimestre deste ano terminou em R$ 316,4 milhões, alta de 38,6% ano contra ano, enquanto a geração de caixa livre da companhia totalizou R$ 321,0 milhões, ante R$ 127,4 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.

Já as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 112,9 milhões no terceiro trimestre, recuo de 0,5% frente ao mesmo período de 2022.

Nos nove primeiros meses deste ano, a base de alunos total da Ânima cresceu 2,7% no ano, para 403.660 alunos. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 0,4%, chegando a 391.031 alunos.

A captação na graduação cresceu 6,9%, para 191.511 alunos, enquanto a evasão da graduação presencial teve aumento de 2,2 pontos percentuais, para 16,2%.

“Desde sua origem, a Ânima vem se planejando seja para o curto/médio prazo do próximo semestre, seja para o ano seguinte e mais estrategicamente, para o longo prazo – sempre atenta ao futuro do setor. Cientes da importância de resultados financeiros consistentes, a companhia entrega nesse trimestre toda a segurança para que possa continuar a se dedicar à construção do futuro, ao reduzir de forma significativa sua alavancagem financeira”, informou a companhia.

Yduqs (YDUQ3) e Ânima são as preferidas do setor de educação, segundo BBA

Em relatório, analistas do Itaú BBA pontuaram que não esperam em 2024 grandes mudanças para o setor educacional brasileiro com as tendências observadas no ano anterior. Mas os estrategistas forneceram uma perspectiva “cautelosamente otimista” e preferência pela Yduqs (YDUQ3) e Ânima (ANIM3).

“A menos que ocorram alterações regulatórias, é provável que o ensino a distância continue experimentando um sólido crescimento na captação com desempenho mais lento no ticket médio, enquanto a educação presencial pode ver uma queda nos volumes. Ainda assim manterá o ritmo com a inflação”, afirmaram os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amâncio.

No caso da Yduqs, a companhia deve continuar positiva no curto prazo, diz o Itaú. Já a Ânima ainda possui grande potencial de valorização, na visão dos analistas, principalmente na vertical médica Inspirali. Apesar da alta alavancagem financeira e dos riscos intrínsecos, a companhia está focando em ganhos de eficiência e rentabilidade.

Ainda de acordo com o Itaú BBA, mesmo com resultados favoráveis observados nos primeiros nove meses do ano passado, o banco continua com uma abordagem conservadora em relação ao setor de ensino superior no Brasil.

“Esse setor tem uma exposição elevada a mudanças regulatórias, como o programa Fies e alterações no marco regulatório do ensino a distância. Além disso, o ‘valuation’ do setor de educação já não está mais tão atrativo como no passado, o que exige uma análise mais detalhada para a escolha de ações”, acrescentaram os analistas, destacando a preferência para Yduqs e Ânima.

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