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Anbima estuda acabar com rotulação de investidor por patrimônio

Anbima estuda acabar com rotulação de investidor por patrimônio

Anbima estuda acabar com rotulação de investidor por patrimônio

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estuda pôr fim à classificação dos investidores com base no tamanho do patrimônio acumulado. Atualmente, os investidores são considerados “qualificados” ou “profissionais” quando possuem entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, respectivamente, em patrimônio investido.

A Anbima estuda solicitar junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o término da prática do oferecimento de determinados produtos de investimento somente para investidores com maior patrimônio.

“O ideal é não ter categoria e não ter produto carimbado para uma categoria. Todo mundo teria acesso a tudo”, afirmou Carlos Ambrósio, presidente da associação, em entrevista à jornalistas. No entanto, por hora, a proposta de mudar a classificação vigente está sendo discutida no âmbito da autorregulação.

O plano faz parte da concepção da Anbima de que é necessário trazer mais transparência para os investidores do mercado financeiro brasileiro. Além disso, a entidade visa melhorar o “suitability“, processo de identificação e análise do perfil de cada investidor.

De acordo com a proposta, o investidor seria classificado apenas pelo “suitbility”, o que faria com que ele tenha acesso a determinados produtos financeiros somente se for condizente com seu perfil traçado, seu grau de conhecimento e momento de vida, por exemplo.

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Dessa forma, o menor investidor, considerado de “varejo“, passaria a ter acesso a produtos que atualmente são inacessíveis. “O cliente de varejo não tem que ser tolhido de ter acesso a uma aplicação, só tem que ser na parcela certa”, explica Ambrósio.

O mercado dos Estados Unidos, por mais que ainda não tenha adotado completamente esse modelo, observa que a discussão sobre classificar o investidor somente pelo seu perfil e não mais pelo patrimônio também está em voga. A Anbima, no entanto, se espelha no modelo europeu, onde essas medidas já estão vigentes.

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