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Calote à vista? Entenda por que a Ambipar (AMBP3) recebeu rating “D” da S&P

Ambipar (AMBP3)

Ambipar (AMBP3). Créditos: Ambipar/divulgação

A agência de classificação de risco S&P Global rebaixou o rating da Ambipar (AMBP3) de BB- para D, nível que equivale a calote da dívida. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira, um dia após a companhia obter uma liminar na Justiça que lhe concedeu proteção temporária contra credores.

Segundo a S&P, a decisão reflete o entendimento de que a tutela judicial representa uma reestruturação geral das dívidas da companhia, justificando a nota “D”. A agência também informou que retirou todos os ratings da empresa do status de observação com implicações negativas.

Antes disso, a Fitch Ratings também havia revisado a classificação de risco da Ambipar, reduzindo-a de BB- para C. Embora menos intenso do que o corte da S&P, o movimento da Fitch coloca a nota da companhia apenas um nível acima do default, e a agência não descartou a possibilidade de novas revisões negativas.

O que está acontecendo com a Ambipar (AMBP3)?

Nos últimos dias, a companhia de soluções ambientais enfrentou forte pressão no mercado. Após a confirmação da tutela cautelar na Justiça do Rio de Janeiro, que garante 30 dias de proteção contra credores, as ações da Ambipar derreteram mais de 50% no início da tarde de ontem.

A tutela judicial suspende cláusulas que poderiam antecipar o vencimento de compromissos financeiros, medida que geralmente antecede pedidos formais de recuperação judicial. O movimento foi associado a dificuldades relacionadas a operações com derivativos atrelados a green bonds.

Em fato relevante, a Ambipar (AMBP3) afirmou que o objetivo da cautelar é “propiciar a continuidade das atividades empresariais do Grupo Ambipar e viabilizar a proteção a seus ativos, enquanto se busca junto aos credores uma alternativa viável para o adequado equacionamento de seus compromissos financeiros”.

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