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Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3) despencam após possível redução de IPI; entenda

Localiza. Foto: Divulgação/Localiza

Localiza. Foto: Divulgação/Localiza

As ações da Localiza (RENT3) e da Movida (MOVI3) despencaram nesta quinta-feira (26), após notícias sobre um possível novo programa do governo federal para estimular a venda de carros populares por meio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Por volta das 16h30, os papéis da Localiza caíam 6,65%, cotados a R$ 40,28. Já as ações da Movida recuavam 13,09%, negociadas a R$ 7,57. Ambas estavam entre as maiores baixas do pregão.

Segundo informações divulgadas pelo Valor Econômico, o governo deve lançar dois novos programas: o IPI Verde e o Carro Sustentável. As propostas devem ser divulgadas na próxima semana.

O IPI Verde prevê alíquotas menores para carros mais eficientes e menos poluentes, enquanto veículos mais poluentes podem pagar mais imposto. Já o Carro Sustentável deve reduzir o IPI de modelos populares produzidos no Brasil, desde que cumpram critérios técnicos.

Como o cenário impacta a Localiza (RENT3) e a Movida (MOVI3)?

De acordo com um relatório da Eleven, a possível redução do IPI é vista como negativa para companhias como Localiza e Movida, que possuem frotas avaliadas em bilhões de reais.

“A redução do IPI em outros momentos reduziu os preços dos veículos em geral, gerando reavaliações negativas nos estoques da Localiza e Movida”, aponta a Eleven.

Como as locadoras dependem da revenda de seminovos para gerar receita, uma queda nos preços dos veículos afeta diretamente os resultados.

De acordo com a análise, o estoque de veículos da Localiza é avaliado em cerca de R$ 44 bilhões, valor próximo ao seu valor de mercado (de cerca de R$ 47 milhões). No caso da Movida, o estoque é de R$ 8 bilhões, enquanto o valor de mercado está em torno de R$ 3 bilhões.

A casa destaca que cada 1% de queda no preço dos carros representa uma perda de aproximadamente 1% no valor de mercado da Localiza e 3% no da Movida, conforme as estimativas dos analistas. Vale destacar que o impacto pode ser limitado a veículos mais baratos, mas, como esse segmento representa uma parcela relevante da frota das companhias, o risco de depreciação dos ativos está preocupando os investidores.

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