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Ações de empresas argentinas disparam na bolsa e ETFs viram opção

bandeira da Argentina

ETFs. Foto: Pixabay

A vitória de Javier Milei nas eleições legislativas argentinas provocou uma onda de otimismo no mercado financeiro, levando as ações das principais empresas do país a dispararem e impulsionando também os ETFs que replicam o desempenho da bolsa argentina. O movimento reflete a expectativa de continuidade das reformas econômicas e de uma agenda mais liberal, voltada à abertura e à atração de investimentos privados.

Na Bolsa de Buenos Aires, companhias de peso como YPF, Banco Macro e Grupo Financiero Galicia registraram altas expressivas, enquanto o peso argentino se valorizou frente ao dólar. O sentimento de euforia também se espalhou pelos mercados internacionais, onde as ADRs de empresas argentinas listadas em Nova York chegaram a subir mais de 30% em um único pregão.

“A vitória de Javier Milei reforça a expectativa de continuidade das reformas econômicas e do compromisso com uma agenda mais liberal, o que tem reacendido o otimismo dos investidores em relação à Argentina. O resultado das eleições foi recebido de forma positiva pelos mercados, com fortes altas nas ações e no peso argentino, refletindo o aumento da confiança em um ambiente de negócios mais previsível e voltado ao investimento privado”, afirma Danilo Moreno, analista da Investo.

ETFs refletem a euforia

O movimento também foi captado pelo ETF ARGE11, listado na B3, que replica as principais ações da Argentina e chegou a subir cerca de 30% no dia. O desempenho acompanha a valorização das empresas locais e o fluxo crescente de capital em direção ao país, que volta a atrair atenção de investidores estrangeiros e brasileiros.

Segundo Moreno, o desempenho do ETF reforça a percepção de que há uma boa assimetria de retornos para quem aposta na consolidação da agenda liberal do governo Milei.

“Esse movimento fica evidente no desempenho do ETF ARGE11, que sobe cerca de 30% no dia, acompanhando a euforia dos investidores. Embora o país ainda enfrente desafios estruturais, o novo ciclo político abre espaço para uma recuperação gradual da economia e para oportunidades interessantes de investimento em um país que ainda não está inserido em grandes índices globais e com pouco capital externo”, explica.

“Uma alocação tática em Argentina parece mostrar uma boa assimetria de retornos para os próximos anos caso o governo Milei consiga implementar sua agenda de reformas estruturantes”, completa o analista.

Um mercado fora do radar global

Apesar da recente valorização, o mercado argentino segue fora dos grandes índices internacionais e com baixa participação de investidores estrangeiros, o que amplia o potencial de valorização caso o cenário político e econômico avance na direção prometida.

Para o investidor brasileiro, a exposição por meio de ETFs tem se mostrado uma forma prática de acompanhar essa retomada — combinando diversificação geográfica e acesso a um mercado ainda considerado subavaliado pelos analistas.

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