A Moura Dubeux (MDNE3) é a aposta mais recente do BTG Pactual no setor imobiliário. O banco recomenda compra das ações e projeta preço-alvo de R$ 40, o que representa potencial de valorização de 39% frente à cotação atual. A estimativa se apoia em fatores como liderança no mercado nordestino, modelo de negócios asset-light e diversificação crescente.
De acordo com os analistas Gustavo Cambauva e Gustavo Fabris, a companhia reúne uma combinação rara de fatores positivos. Entre os pontos destacados estão um histórico sólido de mais de quatro décadas, liderança indiscutível no Nordeste, crescimento acelerado com balanço patrimonial saudável e um modelo de negócios verticalizado e diversificado. Além disso, o valuation é considerado atrativo, com as ações negociadas a 4,5 vezes o lucro projetado para 2026.
O diferencial da Moura Dubeux no mercado
A Moura Dubeux atua principalmente no segmento de média e alta renda, mas expandiu sua presença para o Minha Casa Minha Vida com as marcas Mood e Ún1ca, voltadas para as faixas 3 e 4 do programa habitacional. Essa diversificação aumenta a resiliência da empresa, especialmente em um ambiente macroeconômico desafiador, e garante exposição a diferentes perfis de clientes.
Outro diferencial é o modelo asset-light no segmento de condomínios, no qual a construtora atua como empreiteira e recebe por taxas de administração e desenvolvimento. Essa estratégia reduz a necessidade de capital de giro, protege contra oscilações de custos de construção e confere maior estabilidade financeira.
“Esperamos que a empresa continue crescendo muito (CAGR para o LPA de 30% entre 2024-27E), com um ROE forte (24% em 2026E), enquanto as ações são negociadas a um P/L atraente de 4,5x para 2026E” — afirmaram os analistas do BTG.
O relatório conclui: “Iniciamos a cobertura com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 40/ação, oferecendo 39% de potencial de valorização. Em nossa opinião, a Moura Dubeux (MDNE3) combina um modelo asset-light, posição única de liderança no Nordeste e crescente exposição ao segmento de baixa renda”.
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