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Radar do Mercado: Cade aprova compra da Liquigás pelo consórcio liderado por Itaúsa (ITSA4) e Copagaz

Na quarta-feira (18/11), a Itaúsa comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a aquisição da Liquigás, subsidiária da Petrobras, pelo grupo adquirente composto de Itaúsa, Copagaz, Nacional Gás e Fogás.

A aprovação de compra pelo Cade foi dada mediante a celebração de um acordo em controle de concentrações (ACC), visando a garantir que o compartilhamento de ativos e a prestação de serviços entre concorrentes não favoreça a adoção de práticas coordenadas pelas empresas. Dessa maneira, observa-se que essa medida tem como objetivo sanar eventuais problemas concorrenciais.

Esse acordo, segundo o Cade, estabelece quais são as condições e prazos mínimos para que as unidades segregadas passem a ser detidas e geridas de forma autônoma pelas adquirentes. Também delimita que questões relacionadas à transferência de ativos sejam fiscalizadas por um truste.

De acordo com o grupo adquirente, a Copagaz será a nova controladora da Liquigás, junto da Itaúsa, que deterá de 45% a 49,99% do capital social e votante da Copagaz.

O negócio foi anunciado no fim de 2019 e movimentou cerca de R$ 3,7 bilhões.

A Liquigás é a maior distribuidora de gás de cozinha (GLP) no país. Atualmente, a companhia tem 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados.

A Liquigás está presente em quase todos os estados brasileiros, com cerca de 21,4% de participação de mercado.

Além disso, em comunicado, a Itaúsa declarou parte de seus objetivos com essa operação, informando que: “este novo investimento está alinhado à estratégia de alocação de capital da Itaúsa e permite à Companhia associar-se a um parceiro estratégico, a Copagaz, com valores compatíveis e com excelência operacional, que permitirá a captura de sinergias importantes e a entrada em um dos maiores mercados de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) do mundo”.

A Itaúsa complementou que, caso a operação seja concluída ainda em 2020, não se espera que ela acarrete efeitos significativos em seus resultados neste exercício social.

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