A companhia abriu ao mercado sua posição de liquidez, incluindo caixa e equivalentes, contas a receber e investimentos de curto prazo em 30 de setembro. O montante totalizou R$ 2,3 bilhões, ante R$ 2,25 bilhões no 2T20.
A Azul informa que previa originalmente um consumo de caixa de cerca de R$ 3 milhões ao dia durante o decorrer do 3º trimestre. Desconsiderando indenizações trabalhistas, houve aumento de caixa de R$ 1,5 milhão ao dia.
Segundo a companhia, o desempenho reflete a “implementação eficaz de seu plano de retomada, incluindo negociações bem-sucedidas com seus stakeholders, bem como uma recuperação de demanda mais rápida que a esperada”.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), agosto encerrou como o terceiro mês consecutivo de aumento de demanda, com 669 voos diários. O setor de aviação foi um dos mais afetados pela pandemia e se encontra bastante fragilizado e cheio de incertezas quanto à retomada.
Embora observemos certa recuperação, o volume de partidas no mês de agosto decresceu 67,5% em relação ao mesmo período de 2019. A comparação na mesma base para o mês de setembro teve queda de 60,6%.
Para o 4T20, a companhia espera queima de caixa diária de aproximadamente R$ 2,5 milhões, excluindo amortizações de dívidas como resultado de negociações em andamento. Nos últimos seis meses, a Azul conseguiu sustentar uma posição de caixa estável sem aumento de capital.
As projeções internas revelam liquidez suficiente para mais de 30 meses sem executar oferta primária de ações. A companhia está avaliando fontes de capital com o fim de enrobustecer seu balanço e “aproveitar eventuais oportunidades de mercado.”
Segundo Alex Malfitani, CFO da companhia, “a combinação de uma estrutura de custos mais eficiente, com o retorno da demanda melhor do que o esperado, indica que estamos no caminho certo para resgatar nossa posição como uma das companhias aéreas mais rentáveis da região. Aproveito para agradecer aos nossos tripulantes e parceiros por todo o apoio durante este processo”.
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