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Quando pretendo vender ações?

Eu não pretendo vender minhas ações. Eu invisto para, de preferência, carregar as ações para o resto da minha vida e usufruir apenas de seus dividendos.

Essa ideia de que em algum momento da vida, especialmente com uma idade mais avançada, o investidor deve vender suas ações, para além de adequar o perfil de risco da sua carteira à sua idade, também embolsar os lucros e passar a usufruir, é algo que nós da Suno discordamos plenamente.

Afinal de contas, o investidor que possui ações e fundos imobiliários, dentro de uma carteira previdenciária diversificada, em algum momento terá um fluxo basicamente interminável de dividendos, que o proporcionarão o custeio de suas despesas e de suas necessidades, sem nenhuma necessidade de vender seus papéis para isso.

Dessa forma, para que vender as ações e embolsar os lucros, se são os dividendos que o investidor deve utilizar para complementar sua aposentadoria?

É claro que se as empresas que eu carrego na carteira venham a se deteriorar, e passem por dificuldades severas, em uma situação que eu considere de fato perigosa, eu poderei sim vender as ações, mas não em outros casos.

Além disso, se o investidor vender suas ações e direcionar seu patrimônio acumulado para a renda fixa, e assim passar a viver dos juros dessa aplicação, a inflação passará a corroer de forma constante tanto o seu patrimônio acumulado, quanto a própria renda, que inclusive, pode também ser reduzida com cortes nos juros.

Ao contrário dos juros proporcionados pela renda fixa, que não crescem, não são protegidos e dependem diretamente das taxas básicas de juros, as empresas e os imóveis (ações e fiis) tendem a apresentar dividendos crescentes, corrigindo o poder de compra dos dividendos do investidor, à medida que as empresas crescem, e reajustam os preços de seus produtos e serviços, ou no caso dos imóveis, à medida que os preços dos aluguéis se tornam mais elevados e também são reajustados pela inflação.

Por fim, vale destacar que a isenção para venda de ações é de até R$ 20 mil, e caso o investidor decida vender valores maiores que estes em ações, muito provavelmente terá de desembolsar valores bastante elevados em impostos.

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