Todos os anos, organismos internacionais atualizam o ranking dos países mais pobres do mundo, usando como critério o PIB Per Capita (PPC);
Neste artigo, você confere a lista atualizada dos países mais pobres do mundo em 2025 e entende os fatores estruturais que explicam essa realidade.
O que mede o ranking de países mais pobres
- PIB per capita (PPC): soma de toda a produção de bens e serviços de um país dividida pela sua população, ajustada pelo custo de vida local. Essa métrica permite comparar o padrão de vida entre países com economias e moedas diferentes.
- Por que esse critério é usado: apesar de não capturar perfeitamente desigualdades internas ou acesso a serviços públicos, o PIB per capita fornece uma boa referência para comparar padrões médios de renda entre nações.
✅ Clique aqui para se inscrever no grupo Suno no WhatsApp
De acordo com os dados mais recentes, os países com os menores PIB per capita (PPC) do mundo estão concentrados principalmente na África subsaariana, incluindo nações afetadas por conflitos ou crises econômicas
| Posição | País | PIB Per Capita aproximado (em dólares) |
| 1 | Sudão do Sul | 960 |
| 2 | Burundi | 1.010 |
| 3 | República Centro-Africana | 1.310 |
| 4 | Malawi | 1.760 |
| 5 | Moçambique | 1.790 |
| 6 | Somália | 1.900 |
| 7 | República Demorática do Congo | 1.910 |
| 8 | Libéria | 2.000 |
| 9 | Iêmen | 2.020 |
| 10 | Madagascar | 2.060 |
Por que esses países continuam entre os mais pobres do mundo
As nações listadas compartilham uma série de desafios estruturais que perpetuam a pobreza e limitam o desenvolvimento econômico:
- Instabilidade política e conflitos: guerras civis, golpes, insurgências e insegurança comprometem instituições, investimentos e infraestrutura — como no Sudão do Sul, República Centro-Africana, Somália e Iêmen.
- Economias pouco diversificadas e dependência da agricultura de subsistência: muitos desses países dependem de agricultura tradicional ou exportação de commodities básicas, sem uma indústria consolidada, o que os torna vulneráveis a choques climáticos e preços de mercado.
- Baixo capital humano e infraestrutura deficiente: educação, saúde e serviços básicos são limitados, reduzindo produtividade e bem-estar da população. Isso se traduz em menor capacidade de crescimento econômico de longo prazo.
- Crescimento populacional acelerado: quando a economia não cresce na mesma velocidade da população, a renda per capita tende a ficar estagnada ou cair — mesmo com algum crescimento absoluto do PIB. Isso dilui ganhos.
Em resumo: esses países enfrentam um ciclo vicioso de pobreza estrutural, fragilidade institucional e economia fraca — fatores que mantêm o PIB per capita em níveis muito baixos ano após ano
1. Sudão do Sul
O país mais jovem do mundo continua à frente da lista devido a conflitos civis persistentes, instabilidade política e infraestrutura extremamente limitada. Apesar das reservas de petróleo, a maioria da população do Sudão do Sul vive em pobreza extrema, com serviços básicos praticamente inexistentes.
2. Burundi
Com economia fortemente rural e baixa produtividade agrícola, o Burundi enfrenta décadas de instabilidade política, escassez de recursos naturais e um dos menores índices de desenvolvimento humano (IDH) do planeta.
3. República Centro-Africana
Rica em minerais, mas devastada por conflitos internos desde 2013, a República Centro-Africanasofre com insegurança, deslocamento de populações e ausência quase total de serviços públicos básicos, o que limita qualquer avanço econômico.
4. Malawi
Conhecido como “Coração Quente da África”, o Malawi tem uma economia dependente da agricultura de subsistência e vulnerável às mudanças climáticas. Baixa industrialização e crescimento populacional acelerado pressionam ainda mais a renda per capita.
5. Moçambique
Embora rico em gás natural e carvão, Moçambique convive com históricos ciclos de conflito, baixa diversificação econômica e pobreza estrutural. A dependência da agricultura e a vulnerabilidade climática são fatores centrais na baixa renda per capita.
6. Somália
Após mais de três décadas de guerra civil, a Somália enfrenta fragmentação política, forte presença de grupos armados, seca recorrente e ausência de instituições funcionais, o que inviabiliza crescimento econômico sustentável.
7. República Democrática do Congo (RDC)
Apesar de possuir alguns dos maiores depósitos minerais do mundo (cobalto, cobre, diamante), conflitos armados, corrupção e instabilidade política de longa data impedem que a riqueza mineral beneficie a população da República Democrática do Congo.
8. Libéria
Primeira república independente da África, a Libéria ainda sofre os impactos das guerras civis das décadas de 1990 e 2000, além de desafios como corrupção, infraestrutura precária, baixa industrialização e alto desemprego.
9. Iêmen
Único país fora da África no ranking, o Iêmen vive uma guerra civil desde 2014. A crise humanitária é uma das mais graves do mundo, com fome generalizada, colapso econômico e serviços públicos destruídos.
10. Madagascar
Apesar da rica biodiversidade e potencial turístico, Madagascar enfrenta instabilidade política, baixa produtividade agrícola, secas intensas e acesso limitado a educação e infraestrutura, o que limita seu desenvolvimento econômico.