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UE diz preferir negociar com EUA antes de impor as tarifas autorizadas pela OMC

UE diz preferir negociar com EUA antes de impor as tarifas autorizadas pela OMC

UE diz preferir negociar com EUA antes de impor as tarifas autorizadas pela OMC

A União Europeia (UE), em resposta a autorização feita nesta terça-feira (13) pela Organização Mundial do Comércio (OMC) ao bloco europeu, informou que prefere primeiramente conversar com os EUA antes de impor qualquer sanção. De acordo com a autorização, a UE poderá impor tarifas de até US$ 4 bilhões em produtos americanos.

O chefe da área de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, afirmou através de seu Twitter que dialogará com os EUA antes de “decidir sobre os próximos passos”. “Nossa forte preferência é por um acordo negociado. Caso contrário, seremos forçados a defender nossos interesses e a responder de forma proporcional”. Além disso, Dombrovskis declarou estar em contato com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e diante disso, espera que os EUA retirem as tarifas impostas a produtos europeus em 2019, após outra decisão da OMC.

Lighthizer respondeu que a União Europeia “não tem base legal” para aplicar as tarifas pois os subsídios para a Boeing já foram revogados, sugerindo que os Estados Unidos podem retaliar caso a UE decida aplicar as sanções autorizadas pela OMC. “Qualquer imposição de tarifas com base em uma medida que foi eliminada é claramente contrária aos princípios da OMC e forçará uma resposta dos EUA”, declarou.

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Mesmo com a ameaça, o representante comercial dos EUA afirmou que o país prefere uma solução negociada e que aguarda uma resposta do bloco europeu a uma recente proposta feita pela Casa Branca.

OMC permite UE taxar US$ 4 bi em exportações dos EUA por subsídio a Boeing

A Organização Mundial do Comércio permitiu nesta terça-feira (13) que a União Europeia aplique tarifas de US$ 4 bilhões em produtos americanos exportados por ano, em função dos subsídios ilegais concedidos à Boeing.

A autorização da OMC prevê a possibilidade de sobretaxas em diversas áreas, sendo elas de aviões, as quais afetam a Boeing, a produtos agrícolas.

Segundo o informe da OMC, a “natureza dos efeitos desfavoráveis” vinculados a ajudas financeiras ao fabricante de aviões americano chega a algo em torno de US$ 4 bilhões. Por essa razão, a entidade determinou que a retaliação europeia seria deste mesmo valor.

Em resposta à decisão da organização, os EUA informaram em maio deste ano que haviam acatado a sentença a qual  considerava como ilegais as isenções de impostos dadas à empresa aérea, Boeing, pelo estado de Washington. De acordo com os Estados Unidos, tais isenções foram revogadas, portanto, não haveria base válida” para a UE retaliar contra o governo do país.

Além disso, a OMC permitiu à Boeing tarifar em US$ 7,5 bilhões as mercadorias da UE em 2019, incluindo aeronaves, vinhos e queijos, devido a subsídios da Airbus, os quais eram considerados ilegais. A partir disso, a batalha judicial já dura 16 anos.

A UE apelou aos EUA para que realizem a remoção de suas tarifas, entretanto, as autoridades americanas dizem que a Europa não tomou as medidas necessárias para interromper seus subsídios à Airbus.

Saiba Mais: OMC permite UE taxar US$ 4 bi em exportações dos EUA por subsídio a Boeing

“Esse caso esteve litígio durante 14 anos, e chegou a hora de agirmos. Nosso objetivo primordial é chegar a um acordo com a UE para pôr fim a todos os subsídios inconsistentes com a OMC a aeronaves de grande porte. Quando a UE encerrar esses subsídios prejudiciais, as tarifas adicionais impostas pelos EUA poderão ser removidas”, disse o representante do comércio americano, Robert Lighthizer.

Trata-se da mais longa e complexa disputa intermediada pela OMC. No ano de 2002, a entidade decretou que bilhões de dólares em subsídios concedidos para Boeing eram ilegais e exigiu que os EUA os anulasse.

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