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Uber demite 435 funcionários e emite congelamento temporário de contratação

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O Uber demitiu 435 funcionários de sua área técnica nesta quarta-feira (11). A demissão é parte do plano da empresa na corrida para diminuir o prejuízo registrado em seus últimos balanços.

Em julho, o Uber havia comunicado que iria demitir 400 funcionários da área de marketing. O número corresponde a um terço do número total de pessoas deste departamento. Na demissão anunciada nesta quarta, 170 empregados da área de produtos e 265 de engenharia saíram da empresa.

Entre os demitidos, 85% são norte-americanos. A empresa afirmou que irá congelar as contratações para as duas áreas por enquanto. Hoje, o Uber conta com 27 mil funcionários. O presidente da empresa, Dara Khosrowshahi, entretanto, acredita que “equipes maiores não significam melhores resultados”.

Para Khosrowshahi, a empresa fica mais lenta com equipes maiores. “Tomadas de decisão mais lentas, linhas borradas de autoridade e uma tendência a dizer sim a tudo, em vez de fazer o trabalho duro de priorização”, completa o presidente da Uber.

Uber registra prejuízo no segundo trimestre de 2019

O Uber divulgou, no dia 8 de agosto, seu balanço do segundo trimestre de 2019. A empresa de transporte por aplicativo registrou o maior prejuízo de sua história para o período entre abril e junho, com uma perda de US$ 5,23 bilhões (cerca de R$ 2o,39 bilhões).

Nesse resultado negativo do Uber estão inclusos os custos de compensação financeira da abertura de capital. Essas despesas somaram US$ 3,9 bilhões. Essa é a segunda vez que o aplicativo divulga seu balanço desde a abertura de seu capital em maio deste ano. A empresa está cotada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

No mesmo período em 2018, o prejuízo havia sido de US$ 878 milhões. Sem os custos de compensação, o valor perdido foi de US$ 656 milhões. O ritmo de crescimento também é o menor desde que o aplicativo começou a publicar seus balanços.

O faturamento cresceu em 14% chegando a US$ 3,17 bilhões. Um valor inferior aos US$ 3,30 bilhões que analistas do mercado esperavam. A atuação na América Latina teve um destaque negativo, diminuindo o faturamento em 24% comparando com o mesmo período de 2018.

O aumento da concorrência no mercado latino-americano de transporte urbano é considerado um dos maiores motivos do encolhimento do faturamento do Uber, que fechou o trimestre em US$ 547 milhões.

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