O fundo imobiliário SNME11, veículo multiestratégia da Suno Asset, manteve a distribuição de R$ 0,15 por cota, consolidando o terceiro mês seguido no maior patamar desde a estreia na B3 há dois anos. A decisão reforça a consistência da política de proventos, em linha com a estratégia ativa de alocação e reciclagem do portfólio.
A manutenção do patamar foi impulsionada pela venda de participações no BLMG11, fundo focado em ativos logísticos. O pagamento aos investidores ocorrerá em 23 de dezembro, considerando a posição ao fim do pregão de segunda-feira (15). Quem comprar cotas nesta sessão ainda garante os dividendos do SNME11 antes das festas de fim de ano, favorecendo o fluxo de caixa no curto prazo.
Com base na cotação de R$ 9,61 no fim de novembro, a distribuição corresponde a dividend yield mensal de 1,56%. Em base anualizada, o retorno atingiu dois dígitos, chegando a 20,77%, segundo a Suno Asset. Esse desempenho destaca o diferencial do fundo frente a pares do mercado, ainda que sujeito à volatilidade de preços e resultados.
SNME11 tem rentabilidade e consistência de pagamentos
A evolução dos proventos nos últimos 12 meses indica maturidade da estratégia e disciplina na geração de caixa. O histórico recente sugere capacidade de sustentar patamares competitivos, sem abrir mão da liquidez e da gestão ativa de posições.
O fundo imobiliário SNME11 segue ajustando a carteira durante o processo de incorporação do SNFF11, fundo de fundos da gestora. Com patrimônio líquido de R$ 70,4 milhões, a equipe alocou cerca de R$ 800 mil em cotas do PATL11, exposição a imóveis industriais e logísticos com potencial de desconto em relação ao valor intrínseco.
A gestora avalia que o PATL11 negocia abaixo do valor dos ativos, mesmo com eventuais revisões negativas decorrentes dos desafios do portfólio. Neste mês, a Patria propôs incorporar o veículo ao HGLG11, seu principal FII logístico, movimento que pode destravar valor e simplificar estruturas no segmento.
No último relatório gerencial, o SNME11 encerrou outubro com R$ 0,1836 por cota em reservas acumuladas. A carteira de FIIs respondeu pela maior parte do resultado, somando R$ 391 mil, enquanto os CRIs contribuíram com R$ 281 mil, reforçando a diversificação e a resiliência dos fluxos.
