O SNID11, fundo de investimentos em infraestrutura (FI-Infra) da Suno Asset, anunciou a distribuição de dividendos de R$ 0,12 por cota, referentes aos resultados obtidos em julho. O pagamento será feito em 25 de agosto, de acordo com a posição dos investidores ao fim do pregão da próxima sexta-feira (15).
O valor representa um dividend yield de 1,19%, considerando o preço de fechamento da cota em 31 de julho, em R$ 10,10. É o terceiro mês consecutivo com o pagamento nesse patamar, dentro de um guidance que projeta a distribuição entre R$ 0,10 e R$ 0,13 por cota, ao mês, até o fim deste ano.
A distribuição equivale a 108,0% do CDI do período ou 139,3% do CDI, considerando o gross-up, ou seja, a isenção de impostos. A gestão destaca que esse cenário deve se manter enquanto a Selic estiver num patamar elevado como o atual, de 15% ao ano.
O SNID11 conta com patrimônio líquido de R$ 73,3 milhões, ou R$ 10,22 por cota, alocado majoritariamente em debêntures incentivadas. A carteira tem uma rentabilidade média de CDI + 2,16% ao ano, com prazo médio de vencimento de 5 anos para os títulos.
SNID11 anuncia dividendos: confira movimentações no portfólio
Em junho, o SNID11 realizou investimento de R$ 1 milhão para a aquisição em debêntures da Rialma (RALM21), um novo emissor adicionado à carteira, e da Alloha (SUMI19), empresa que fazia parte do portfólio. “São aquisições que representam diversificação e estabilidade”, aponta o analista Rodrigo Wainberg, da Suno Asset.
Segundo ele, a gestora traçou uma estratégia cautelosa e bem embasada no negócio, de forma a não depreciar o valor patrimonial do fundo. “Hoje só alocamos realmente o que precisamos enquadrar. A perspectiva de longo prazo é continuar crescendo”, completou o especialista.
Sobre o cenário macroeconômico, o analista João Comine aponta que as dúvidas sobre possíveis mudanças na tributação dos fundos de investimentos, a partir da Medida Provisória 1.363, são vistas pelo mercado com alguma ansiedade e têm pressionado os preços dos ativos. Por isso, ele aponta que o momento pode ser interessante para a entrada em modalidades hoje isentas, como os FI-Infra.
No atual modelo, o SNID11 é isento tanto na tributação de dividendos como na venda de cotas com ganho de capital, diante de seu investimento no setor de infraestrutura. Para entrar em vigor a partir do ano que vem, a MP 1.363 precisa ser aprovada pelo Congresso até outubro.