O SNEL11, fundo imobiliário criado pela Suno Asset para o investimento em energia renovável, alcançou a marca de 45 mil cotistas nos últimos dias, segundo informações da administradora. O número mostra a adesão cada vez maior de investidores a um mercado que se mostra promissor.
No mês passado, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgou estudo apontando que os meios renováveis devem superar o carvão como a principal fonte de energia no planeta até o fim de 2026. É possível até mesmo que isso aconteça ainda este ano, dependendo de como se encaminharem as condições climáticas e os preços dos combustíveis nos próximos meses.
Na última sexta-feira (19), o governo publicou uma medida provisória (MP) que tenta atrair mais investidores para o mercado de data centers. O texto prevê apoio ao setor, inclusive com vantagens tributárias, em troca de compromisso com o uso de energia renovável, para garantir o funcionamento dos empreendimentos sem comprometer o abastecimento para a população.
O SNEL11 detém a propriedade de 17 usinas fotovoltaicas, entre ativos construídos pelo próprio fundo e empreendimentos adquiridos quando já estavam em funcionamento. Em julho, esse portfólio gerou uma produção recorde de 4.984 MWh e uma receita imobiliária de R$ 1,681 milhão.
O valor foi suficiente para manter a distribuição de dividendos do SNEL11 no patamar de R$ 0,10 por cota, pelo 15º mês consecutivo, com um dividend yield anualizado acima de 14%, isento de tributação. A busca por esses rendimentos levou o fundo a uma liquidez diária recorde acima de R$ 4,7 milhões no último dia 15, Data Com em que foi fechada a lista de beneficiários.
SNEL11: mais sobre a tese de investimentos
É nesse sentido que, na visão da Suno Asset, investir em energia renovável deixou de ser somente uma tentativa de fazer bonito em relatórios de ESG e se mostra um produto de investimento rentável. A gestão destaca, por exemplo, que o fundo ainda tem potencial de ampliar sua receita imobiliária, já que nem todas as usinas estão conectadas à rede elétrica e algumas ainda buscam firmar seus primeiros contratos de locação.
Além disso, a adoção da bandeira tarifária vermelha pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), diante da queda das chuvas, deve resultar em maior rentabilidade para o SNEL11. Esse aumento, porém, não será imediato, porque o mercado de energia tem um atraso característico que provoca intervalo de alguns meses entre as locações e o efetivo recebimento dos recursos pelo fundo.
Com dividendos estáveis e consistentes e uma comunicação transparente, a Suno Asset reitera sua confiança na tese de investimentos do SNEL11 e enxerga, no aumento da base de investidores, o fundo cada vez mais consolidado como opção atrativa num setor em forte expansão.
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