O SNCI11, fundo de recebíveis imobiliários da Suno Asset, encerrou outubro com resultado de R$ 5,229 milhões, superando os R$ 5,139 milhões de setembro e consolidando a melhor marca semestral do período. O desempenho reflete a combinação entre resultado operacional robusto e gestão ativa da carteira de CRIs, com foco em previsibilidade de rendimentos e mitigação de risco.
O valor consolidado reúne R$ 4,289 milhões de resultado operacional e R$ 939,678 mil oriundos de lucros e reservas anteriores. As receitas distribuíveis alcançaram R$ 5,158 milhões, enquanto as despesas do fundo imobiliário SNCI11 somaram R$ 869,067 mil, mantendo a estrutura de custos sob controle frente ao crescimento de receitas.
A performance da carteira indicou rentabilidade de 0,86% no mês, com liquidez consistente em bolsa: o ADTV atingiu R$ 622 mil, o segundo melhor do ano. Houve também ajustes contábeis relevantes, reforçando a transparência na classificação de receitas e amortizações dentro do portfólio.
A reserva sofrerá redução de R$ 0,10 por cota após a consolidação parcial da amortização do CRI RDR processada em outubro. A parcela antes registrada como correção monetária será reclassificada como amortização. Após o ajuste, a reserva acumulada não provisionada ficará em R$ 0,15 por cota, preservando margem para suavizar distribuições futuras.
SNCI11: gestão mantém guidance de dividendos
A Suno Asset mantém projeção de distribuição entre R$ 1,00 e R$ 1,10 por cota, faixa considerada equilibrada e prudente para o FII SNCI11. A estimativa incorpora a recuperação de créditos de ativos especiais e o amadurecimento de empreendimentos como MZM, Supreme Garden e Gafisa Sorocaba, pilares do pipeline de resultados.
Mudanças na carteira reforçam a estratégia da Suno Asset, classificada como “middle-risk”, priorizando a linearização de dividendos. Em outubro, o fundo ampliou o CRI LocPay Sênior ao adquirir a terceira e quarta tranches (cerca de R$ 770 mil, prefixado a 23,87% a.a.) e aumentou posições no CRI MZM V (IPCA + 12,95% a.a., ~R$ 460 mil) e no CRI GS Souto (IPCA + 10,00% a.a., ~R$ 570 mil).
A principal novidade foi o ingresso no CRI Conceito, com investimento de R$ 5 milhões atrelado a CDI + 6,50% a.a., destinado à finalização de obras de loteamento 100% comercializado em São José do Ribamar (MA). Houve reciclagem com a venda de R$ 4 milhões do CRI GPA V (IPCA + 6,66% a.a.), otimizando o risco-retorno da carteira do SNCI11.
