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Santander (SANB11) tem lucro de R$ 3,81 bilhões no 3T20; aumento trimestral de 88%

Santander (SANB11). Foto: Divulgação.

Santander (SANB11). Foto: Divulgação.

O Santander (SANB11), como de costume, abriu a temporada de balanços dos bancos no Brasil. Nesta terça-feira (27), a instituição apresentou um um lucro líquido societário de R$ 3,81 bilhões, auferido no terceiro trimestre deste ano, equivalente a uma alta de 88,2% sobre o registrado no segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, que o lucro havia sido de R$ 3,60 bilhões, a alta é de 5,6%.

O lucro líquido gerencial do Santander, por sua vez, foi de R$ 3,90 bilhões no período entre julho e setembro, uma alta de 82,7% na comparação com o segundo trimestre, e avanço de 8,6% em 12 meses. No acumulado anual, o resultado atinge R$ 9,89 bilhões, uma baixa de 8,6% em relação ao mesmo período de 2019.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) atingiram R$ 2,91 bilhões — equivalente a uma baixa de 7,5% na comparação com o mesmo período de 2019 e de 55% em relação ao segundo trimestre deste ano, período de maior impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no País, o que fez com que o banco elevasse sua precaução contra inadimplências.

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Segundo o banco, “esse desempenho é atribuído a melhoria end-to-end realizada ao longo dos últimos trimestres, como aprimoramento dos modelos matemáticos, maior qualidade na originação e evolução da multicanalidade para recuperações”.

A margem financeira bruta atingiu R$ 12,43 bilhões no terceiro trimestre, enquanto nos três meses anteriores foi de R$ 13,62 bilhões. O Patrimônio Líquido da instituição, desconsiderando o saldo do ágio no montante de R$ 1,97 bilhão, totalizou R$ 74,83 bilhões ao fim de setembro, um crescimento de 3,3% frente ao segundo trimestre.

“Em três meses, a margem financeira bruta apresentou queda de 8,7%, impactada pela redução tanto da margem com clientes quanto da margem com mercado. […] A margem com clientes reduziu 4,5%, decorrente da menor receita de capital de giro próprio e de margem de produtos, impactadas pelos spreads e efeito mix”, disse a direção da companhia.

De forma controlada, as despesas gerais atingiram R$ 15,85 bilhões no acumulado do ano, um crescimento de 1,9% em 12 meses e de 3,6% no trimestre — crescimento inferior às receitas totais no período. De acordo com a instituição, “parte da variação das despesas pode ser atribuída ao aumento dos gastos de processamento de dados que foi suavizado pelas menores despesas com pessoal”.

Carteira de crédito do Santander avança, enquanto inadimplência recua

A carteira de crédito total atingiu R$ 397,38 bilhões, alta de 3,8% frente ao resultado do segundo trimestre. Os depósito à vista, prazo e poupança no banco atingiram R$ 378,10 bilhões, avanço de 7,4% sobre os R$ 352,11 bilhões registrados no segundo trimestre.

O índice de inadimplência em 90 dias caiu de 2,4%, no segundo trimestre, para 2,1% no período entre julho e setembro. A maior redução pôde ser observada no segmento para Pessoa Física, a mais relevante para o banco, que caiu de 3,5% para 3% na mesma base comparativa, enquanto para Pessoa Jurídica recuou de 1,2% para 0,9%. O índice de inadimplência acima de 60 dias, por sua vez, ficou em 2,7%.


Já o índice de Basileia da instituição chegou a 14,86% em setembro deste ano, aumento de 0,5 ponto percentual sobre o apresentado no segundo trimestre, de 14,41%. O Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE) excluindo o ágio — considerando, porém, as provisões extraordinárias — avançou 12 pontos percentuais em comparação ao segundo trimestre, para 21,2%. No terceiro trimestre do ano passado, o indicador era de 21,1%.

O banco também salientou que o número de clientes ativos cresceu 5% entre setembro de 2019 e setembro deste ano, saindo de 25,9 milhões para 27,3 milhões. O resultado equivale a uma alta de 71% sobre o mesmo resultado de 2015. O banco pontua, além disso, que o NPS (medição da satisfação dos clientes) atingiu 61,8 pontos no terceiro trimestre, alta de 3,8 pontos em 12 meses, o melhor patamar desde que a mensuração foi iniciada pela instituição.

Sendo o primeiro dos cinco maiores bancos do País a mostrar seus números do terceiro trimestre, o Santander demonstra uma forte recuperação da tendência de rentabilidade do setor. Vale lembrar que neste ano as ações das instituições financeiras vem sendo duramente penalizadas pelo mercado — os papéis do banco espanhol no Brasil registram uma queda de 30% nos últimos 12 meses.

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