O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os empresários estrangeiros estão aguardando a reforma tributária para investir mais no Brasil. A declaração ocorreu, nesta quinta-feira (23), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O Suno Notícias está no local cobrindo o evento.
Guedes informou que enviará algumas propostas nas próximas semanas para as PECs sobre a reforma tributária que já estão tramitando no Congresso. A medida atenderá um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Além disso, o ministro voltou a afirmar que a previsão do governo é de que a reforma seja aprovada ainda neste ano.
“No Brasil, as pessoas estão indo na rua para pedir as reformas, enquanto no resto do mundo tem gente protestando contra as reformas, como na França, por exemplo”, disse Guedes.
O ministro falou ainda sobre o imposto sobre consumo. Segundo Guedes, o governo definirá em 20 dias se haverá uma nova tributação sobre o consumo ou não.
Propostas de reforma tributária
Atualmente, diversas propostas de reforma tributária estão em discussão. Confira quais são as principais delas:
- PEC 45/2019, assinada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP);
- PEC 110/2019, assinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre;
- Proposta do Ministério da Economia.
A proposta do ministério da Economia não foi apresentada formalmente, embora o governo já tenha mostrado diversas ideias. Durante seu discurso em Davos, Guedes comentou a proposta do governo e disse que o objetivo é simplificar, reduzir e substituir os tributos.
“Estamos com problema de déficit, precisamos arrecadar mais, mas não vamos aumentar impostos. Se fosse por mim eu reduziria. Por isso vamos simplificar. Vamos colocar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA)”, disse o ministro.
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O ministro falou também sobre os impostos sobre os pecados (sin taxes, em inglês). Estes tributos estão relacionados a produtos que podem ser considerados prejudiciais para a sociedade.
“Sobre os sin taxes vamos mandar sem ser PEC, pois é mais fácil. Bebida, cigarro e açúcar. Açúcar eu mandei fazer estudos, pois quero colocar”, afirmou Guedes em relação a proposta de reforma tributária do governo.