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Petrobras (PETR4): pesquisas indicam que óleo na Margem Equatorial não volta para o litoral brasileiro

Petrobras (PETR4):

Petrobras (PETR4). Foto: iStock

Ainda sem a licença ambiental para explorar a bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras (PETR4) fica de olho nos estudos feitos pela comunidade científica sobre os efeitos da atividade na região.

Segundo pesquisa na região da Margem Equatorial brasileira, as correntes marítimas seguem em sentido contrário a costa brasileira.

Os dados confirmaram estudos e modelagens realizados pela estatal de petróleo e já aprovados pelo Ibama no processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M59, informou a Petrobras na última quinta-feira (28). A licença ambiental para explorar a área, porém, ainda não foi concedida.

Correção: Após divulgação da nota, a Petrobras corrigiu uma informação que havia sido divulgada sobre a companhia estar dirigindo os estudos na região, publicada pelo Suno Notícias nesta anhã de sábado (30).

Na realidade, foi a comunidade científica que lançou os derivadores, equipamentos que medem o comportamento das correntes marítimas, e não a Petrobras.

Exploração da Petrobras na Margem Equatorial

A companhia informou que já lançou na Margem Equatorial mais de 428 derivadores (equipamentos que medem o comportamento das correntes marítimas), sendo 84 equipamentos na bacia da Foz do Amazonas.

Recentemente, a empresa iniciou o projeto de Caracterização Ecológica de Sistemas Recifais da Bacia da Foz do Amazonas, que irá gerar novas informações.

“Estão sendo realizadas pesquisas por meio de expedições científicas a bordo do navio Vital de Oliveira, no âmbito de uma cooperação existente entre Petrobras, Marinha do Brasil, Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e Serviço Geológico do Brasil (SGB)”, disse a Petrobras em nota.

A empresa programou para o segundo semestre deste ano, uma segunda expedição oceanográfica no Amapá, dando continuidade e aprofundando a investigação científica feita em junho do ano passado.

Em junho de 2023, foi feito um cruzeiro oceanográfico no Amapá, com o objetivo de identificar a ocorrência de ambientes recifais, que abrangeu o mapeamento detalhado do leito marinho e a coleta de amostras para estudar a composição biológica e geológica do fundo.

“Os resultados preliminares estão sendo publicados em revista especializada para divulgação à comunidade científica”, informou a Petrobras (PETR4) sem dar detalhes.

As expedições contam com a participação de 29 pesquisadores, provenientes de nove instituições, além do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Marinha do Brasil, e somam investimentos de R$ 350 milhões de 2012 até 2028.

A Petrobras reiterou que não pretende perfurar em região costeira ou próxima a áreas sensíveis. Na Margem Equatorial, os blocos encontram-se distantes da costa, em águas profundas e ultraprofundas.

No caso do Bloco FZA-M59, a perfuração de poço exploratório deve ocorrer a uma distância de 160 km da costa e a mais de 500 Km a noroeste da foz do rio Amazonas.

A estatal ressaltou ainda, que atua na região Amazônica sem desastres ambientais desde a década de 1950, quando iniciou as primeiras perfurações de poços nas bacias sedimentares terrestres do Amazonas e Solimões. Na década de 70, as primeiras perfurações em águas rasas na Bacia da Foz do Amazonas.

“Nessa localidade, foram mais de 70 poços perfurados pela Petrobras. Além disso, perfuramos poços e produzimos petróleo e gás no Polo Urucu, na Floresta Amazônica, desde 1988″, informou a estatal. “Todas essas operações foram e são realizadas com total segurança e responsabilidade, de forma sustentável e sem danos ao meio ambiente”, afirmou.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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