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Após confirmação de Prates, ações da Petrobras (PETR4) desabam e puxam queda no Ibovespa

Petrobras (PETR4): Comitê rejeita duas indicações do governo ao Conselho

Petrobras (PETR4): Comitê rejeita duas indicações do governo ao Conselho. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As ações da Petrobras (PETR4) desabam no intradia desta quinta-feira (26) após a confirmação de Jean Paul Prates à presidência da estatal. Embora a aprovação do indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva já fosse prevista pelo mercado, as ações preferenciais e ordinárias da petroleira recuam 3,32% e 3,16% respectivamente, puxando uma queda de 0,25% no Ibovespa hoje.

Prates foi aprovado em unanimidade pelo Conselho de Administração da Petrobras. Em nota divulgada ao mercado, a petroleira informou que o ex-senador assumirá o comando interinamente até a próxima assembleia de acionistas que está marcada para abril.

A expectativa do mercado, porém, é em relação aos primeiros atos do novo presidente da Petrobras. Conforme aponta a Goldman Sachs, Prates deve começar a anunciar os nomes que irão compor a diretoria da Petrobras em breve.

Além disso, a casa ainda destaca que, baseado no que a imprensa tem repercutido, a intenção do novo presidente é mudar gradualmente a estratégia da Petrobras. “Tranquilizando o mercado de que não há nada drástico na agenda — principalmente no que diz respeito à política de preços de combustível da empresa”, escrevem os analistas.

Embora as ações estejam recuando após a confirmação de Prates como novo presidente da Petrobras, a Goldman mantém a classificação neutra para a petroleira. A casa manteve o preço-alvo de R$ 29,50 para as ações ordinárias (PETR3) e R$ 26,90 para as preferenciais (PETR4).

Apesar da avaliação atraente, reconhecemos o aumento da incerteza sobre as políticas a serem adotadas nos próximos anos.

Prates na Petrobras

Jean Paul Terra Prates é advogado formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia.

Prates foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), editor da Revista Oil & Gas Journal Latinoamericana e diretor executivo da Expetro Consultoria em Recursos Naturais, durante os anos 1990 e 2000. Além disso, Prates foi senador pelo Rio Grande do Norte entre 2019 e 2023.

Vale lembrar que, antes mesmo da confirmação do nome, já pairavam dúvidas sobre possíveis impedimentos para Prates assumir a Petrobras, previstos na Lei das Estatais.

Isso porque ele foi suplente de candidato ao Senado nas últimas eleições e a Lei das Estatais veda a entrada nas estatais de lideranças partidárias ou pessoas que tenham trabalhado em campanha eleitoral nos últimos três anos.

Outro possível entrave para assumir o comando da Petrobras é a participação de Prates em três empresas, das quais pelo menos duas, a Carcará Petróleo e a Bioconsultants, têm relação direta com o setor de energia. Em nota, ele disse que vai se desligar dessas empresas.

Cotação

Nesta quinta-feira, as ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) recuam 3,32% e 3,16%, cotadas a R$ 26,10 e R$ 29,44, respectivamente. Apesar disso, no acumulado dos últimos 12 meses, os papéis tiveram uma valorização de 28,88% e 30,90%.

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