Ícone do site Suno Notícias

Paulo Guedes debate reforma da Previdência em comissão especial na Câmara

O ministro Paulo Guede se reuniu Ricardo Barros para conversar sobre ajustes na proposta de reforma tributária

O ministro Paulo Guede se reuniu Ricardo Barros para conversar sobre ajustes na proposta de reforma tributária

O ministro da Economia, Paulo Guedes, abriu a sessão da primeira audiência pública da comissão especial da Previdência. Guedes foi convidado pelo presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos.

De acordo com o Ramos, o ministro deve mostrar os números que compõem a reforma da Previdência do governo. Segundo o parlamentar, o andamento da audiência deve ser menos tumultuada. A última participação de Guedes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi marcada por polêmicas e desentendimentos. O deputado ressaltou ainda que a oposição firmou um acordo para não obstruir os debates.

Saiba mais – Reforma da Previdência: PEC tem apoio de 100 deputados, aponta jornal

Para Ramos, a presença do ministro no início dos trabalhos contribuirá para “nivelar” as discussões sobre a medida.

“Eu acredito que seja bom. Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o maior apelo da oposição era a vinda do ministro Paulo Guedes e a apresentação dos números. Nós vamos começar nivelando o debate com a presença do principal interlocutor desta matéria junto ao governo, que é o Paulo Guedes, e com a apresentação detalhada dos números, demonstrando que o objetivo da comissão é dar transparência”, disse.

Participam também da comissão:

Durante o seu discurso, o ministro reafirmou que a Previdência está quebrada e que a atual pirâmide etária do País não consegue dar sustentabilidade ao sistema.

“O sistema já está condenado à quebra e já está hoje tecnicamente em déficit em todas as suas dimensões muito antes de a população envelhecer. As disfunções são evidentes e a insustentabilidade financeira é evidente”, afirmou.

“Gastamos aproximadamente R$ 450 bilhões só este ano. Isso é sete vezes mais do que gastamos com educação, que é o futuro. Quatro vezes mais do que gastamos com saúde. Três vezes mais do que com saúde, educação e segurança pública somados. Passa de 50% dos gastos públicos federais”, completou Paulo Guedes.

Tramitação

No final de abril, a reforma da Previdência foi aprovada pela CCJ da Câmara dos Deputados. No entanto, o que deveria gerar grande otimismo no mercado acabou tendo um viés contrário. Isso porque as “gorduras” inseridas no texto pelo governo, como margem de negociação, acabaram sendo eliminadas já no primeiro estágio de tramitação da proposta.

Algo que limita muito o poder de barganha do Executivo. O risco é que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) acabe representando uma economia menor do que R$ 1 trilhão em 10 anos. Um valor indicado pelo Ministério da Economia como indispensável para preservar a sustentabilidade das contas públicas.

Saiba mais: Comissão especial da reforma da Previdência deve votar em junho

À pedido do “Centrão” e também da oposição do governo, foram retirados os seguintes tópicos:

Dessa forma, os investidores passaram a ficar mais cautelosos em relação ao texto final da reforma, já que a PEC não possui mais pontos extras para possíveis articulações.

A comissão especial é a segunda fase da tramitação da reforma da Previdência e deverá avaliar o conteúdo do texto. Além disso, novas emendas poderão ser apresentadas.

O MDB, um dos principais partido da Câmara, já se posicionou contra três pontos da Previdência:

Cronograma dos trabalhos

Na última terça-feira (07), a comissão especial aprovou o cronograma das próximas audiências, que deverão ser realizadas ainda neste mês. Ao todo serão dez encontros, divididos em temáticas.

O plano de trabalho do relator Samuel Moreira prevê:

Apoio popular

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (08) pelo Ibope revela que 59% dos brasileiros concordam que a Previdência precisa de alterações. Contudo, mais da metade não é a favor da reforma proposta pelo governo Bolsonaro.

Saiba mais: Previdência: Joice Hasselmann reforça aprovação de reforma no 1º semestre

Sobre alterações na Previdência os resultados foram:

Já os dados da opinião da população sobre a reforma apresentada pelo governo ao Congresso são:

Sair da versão mobile