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Na China, Mourão defende exportação de produtos com maior valor agregado

Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante sessão de encerramento do Simpósio por ocasião do 15º aniversário do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em Pequim, China.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, defendeu que o Brasil precisar diversificar suas exportações com produtos de maior valor agregado. A declaração do general foi dada no Conselho Empresarial Brasil-China, na quarta-feira (22), no país asiático.

Mourão está em viagem ao oriente para reuniões com autoridades chinesas a fim de estreitar a relação entre os países. “A China continuará a crescer acima da média mundial e sua demanda por alimentos, por exemplo, deverá crescer de 11% a 13% até 2030. Iremos trabalhar para ampliar e diversificar as exportações brasileiras com maior valor agregado”, disse.

O general Hamilton Mourão cumpre agenda oficial no país até a próxima sexta-feira (24). Dessa forma, a viagem à China é uma preparação para a ida do presidente Jair Bolsonaro no segundo semestre. Assim, nesta quinta, o vice-presidente vai liderar a reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

A reunião do Cosban vai ocorrer depois de 4 anos sem encontros. Assim, a comissão é o principal órgão de relação bilateral entre o Brasil e a China. 

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Frigoríficos

No mesmo sentido, o Ministério da Agricultura tenta habilitar mais plantas de frigoríficos a exportarem ao mercado chinês. Contudo, na quarta-feira (22), a ministra Tereza Cristina afirmou que a China pretendia liberar apenas 20 unidades. No entanto, o Brasil tem uma lista de 78 plantas plantas que tenta habilitar.

Uma relação das unidades será enviada ao ministério da agricultura chinês ainda esta semana. Desse modo, Tereza Cristina afirmou ter insistido às autoridades para que avaliassem as plantas brasileiras.

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“Pedimos aos chineses que analisem as 78 plantas e para que incluam três plantas de suínos, porque quando vieram ao Brasil eles ainda não tinham o problema monstruoso com a peste suína africana”, afirmou Tereza em audiência pública.

Pequim havia anunciado recentemente a intenção de ampliar a lista de frigoríficos brasileiros liberados para exportação. A previsão era de que as plantas que já exportam para a Europa fossem mais facilmente habilitadas. Isso porque o mercado europeu é exigente com as questões sanitárias, o que daria mais confiança aos chineses.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil há cerca de dez anos. Desse modo, a  corrente de comércio bilateral entre as nações chegou a US$ 98,9 bilhões no último ano. Além disso, as operações são marcadas pelo expressivo superávit do Brasil. Nesse sentido, em 2018, o valor atingiu um recorde histórico de US$ 29,5 bilhões.

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