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MXRF11 reduz lucro em agosto, mas mantém proventos de R$ 0,10

MXRF11 fatura R$ 46 milhões e dividendos rendem 105,05% do CDI

MXRF11 fatura R$ 46 milhões e dividendos rendem 105,05% do CDI. Foto: Pixabay

O fundo imobiliário MXRF11 reportou lucro líquido de R$ 42,835 milhões em agosto, ligeiramente abaixo dos R$ 43,653 milhões do mês anterior. As receitas somaram R$ 46 milhões, enquanto as despesas operacionais atingiram R$ 3,164 milhões, resultado que reflete a resiliência do portfólio em um cenário de inflação elevada.

Os investidores receberam rendimentos de R$ 0,10 por cota, com pagamento em 12 de setembro para posições até 29 de agosto, mantendo a atratividade do fundo no curto prazo.

A principal fonte de receitas foi a carteira de CRIs, responsável por R$ 33,984 milhões, reforçando a estratégia de alocação em créditos de maior qualidade. A carteira de fundos imobiliários contribuiu com R$ 5,149 milhões, e as operações de permuta financeira adicionaram R$ 5,9 milhões. Com a cotação de fechamento a R$ 9,62, a distribuição de proventos representou 89,29% do CDI no período, já após a tributação aplicável.

Quando considerado o ajuste bruto de 15%, o retorno equivale a 105,05% do CDI, indicador relevante para avaliação comparativa com ativos de renda fixa. Em função do regime de caixa e do ambiente de inflação, o fundo mantém reserva de correção monetária acumulada de R$ 28,08 milhões, equivalente a R$ 0,0642 por cota, o que ajuda a suavizar oscilações de resultados ao longo dos meses e sustentar a consistência dos pagamentos.

MXRF11: estratégias de alocação

O fundo imobiliário MXRF11 segue como o FII com maior base de cotistas do país, superando 1,3 milhão de investidores, de acordo com dados da B3. Esse amplo público reforça a liquidez das cotas e a relevância do veículo no mercado secundário, aspectos que favorecem operações táticas e reciclagem de portfólio quando surgem oportunidades de risco-retorno atrativas.

A gestão direciona cerca de 80% do patrimônio líquido para CRIs, priorizando créditos de qualidade, spreads competitivos e ganhos consistentes no mercado secundário. Até 20% podem ser alocados em permutas financeiras — que vêm entregando retornos próximos a INCC + 13,00% ao ano — e em operações estruturadas via FIIs com características de CRI, além de posições táticas voltadas a ganho de capital.

Na carteira de CRIs, a gestão incorporou dois novos certificados no primário e realizou vendas totais e parciais em diferentes ativos. O pipeline de CRIs e permutas segue em desenvolvimento, com foco em reciclagem de portfólio e captura de oportunidades no secundário. Não houve novos investimentos em permutas no período, e a carteira de FIIs do MXRF11 permaneceu sem movimentações relevantes.

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