O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (23) que o retorno da chapa de esquerda com Alberto Fenández, candidato à presidência da Argentina, e sua vice, Cristina Kirchner, é uma ameaça ao Mercosul.
De acordo com Bolsonaro, o objetivo do Mercosul é a expansão comercial. No entanto, se a Argentina se posicionar contrária, será necessário uma reunião com o Uruguai e Paraguai.
“A nossa ideia é sim, de fato, abrir o mercado e fazer comércio com o mundo todo. O que nós queremos é que a Argentina continue na questão comercial. Caso contrário, podemos nos reunir com Uruguai e o Paraguai”, ressaltou o presidente em entrevista à imprensa em seu último dia de viagem no Japão.
Além disso, Bolsonaro disse ter uma outra alternativa em uma situação que o país vizinho atrapalhe as políticas comerciais do grupo.
“Nós sabemos que a volta da Cristina Kirchner para o governo argentino pode, sim, colocar em risco todo o Mercosul. E se possivelmente colocando em risco todo o Mercosul, repito, possivelmente, você tem de ter uma alternativa de bolso”, completou o presidente.
Brasil ameaça deixar Mercosul
O Brasil estuda a possibilidade de deixar o Mercosul caso a Argentina não aceite reduzir as alíquotas de importação a serem praticadas pelo bloco dentro de um período de quatro anos. Em contrapartida, Uruguai e Paraguai já concordaram em reduzir alíquotas em quase o total dos mais de 10 mil itens negociados.
A saída do Mercosul iria fazer com que o Brasil se complicasse em relação ao acordo de livre-comércio com a União Europeia. Sendo assim, representantes do governo já estão se movendo em relação ao assunto para saber se o tratado valeria para o País mesmo sem fazer parte do bloco sul-americano.
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A estratégia brasileira pode ser uma medida extrema para seguir com o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de impulsionar a abertura da economia e o aumento da produtividade.
Na última proposta tarifária discutida entre os países do Mercosul a indústria seria o setor mais afetado, com uma diminuição do imposto de importação para o setor de 13,6% para 6,4%.
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