Ícone do site Suno Notícias

Linx (LINX3): fundadores poderão decidir sobre venda para Stone

Assembleia da Linx (LINX3) aprova oferta de compra da Stone

Assembleia da Linx (LINX3) aprova oferta de compra da Stone

Os fundadores da Linx (LINX3) poderão votar na assembleia que decidirá sobre a proposta de venda da companhia para a Stone. A decisão é da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que negou pedido da gestora de recursos Aberdeen, que alegou conflito de interesses.

Com isso, os fundadores da Linx, Alberto Menache, Alon Dayan e Nércio Fernandes, poderão votar na assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para a próxima terça-feira (17). Juntos, eles têm 14,3% do capital com direito a voto.

A Aberdeen alegava que a proposta feita pela Stone prevê uma indenização aos fundadores para que eles não exerçam competição com a companhia. Inicialmente, a proposta era pagar R$ 305 milhões ao trio pela não competição por três, mas o valor foi posteriormente reduzido em 40%, para R$ 185 milhões, e estendido para cinco anos. O ajuste foi feito para melhorar o acordo aos acionistas após pressão da Totvs (TOTS3) que apresentou uma proposta concorrente à da Stone.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Video Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

Segundo os termos da proposta, o CEO Alberto Menache receberá R$ 19 milhões por ano — R$ 95 milhões no total –, além de R$ 5 milhões para ficar mais um ano na empresa comandada pela Stone. Dayan e Fernandes terão um pagamento de R$ 3 milhões e R$ 15 milhões ao ano, respectivamente, para não competir com a Linx.

Propostas de não-competição com gestores e fundadores da empresas são um padrão no mercado, para manter o valor da empresa adquirida ao garantir que o conhecimento do mercado e da gestão não será rapidamente exportado a um concorrente.

A cláusula da proposta da Stone foi abertamente criticada pela gestora Fama Investimentos, que identificou um excesso de benefício aos fundadores, que definiram seus próprios pagamentos em discussão com a Stone. A Fama Investimentos possuía 3% da Linx quando publicou sua carta contrária à proposta.

Vitória dos fundadores da Linx

A decisão da diretoria da CVM reverte opinião do corpo técnico da autarquia, que opinou que os três fundadores não deveriam votar na assembleia. A decisão majoritária teve uma única discordância, do diretor Henrique Machado.

“O Colegiado, por maioria, vencido o Diretor Henrique Machado, deliberou pelo deferimento do recurso, entendendo não tratar o caso concreto de hipótese de benefício particular, nos termos do art. 115, ?1o da Lei 6.404/76, e tampouco restar demonstrado, neste momento, conflito de interesses apto a gerar impedimento de voto por parte dos acionistas fundadores da Companhia em decorrência da celebração dos contratos de indenização por não concorrência e da proposta de contratação do Sr. Alberto Menache”, de acordo com a ata da reunião.

Para o regulador do mercado, a participação dos fundadores não impede que, no futuro, a regularidade do voto seja novamente verificada.

A Stone apresentou uma proposta de cerca de R$ 6,4 bilhões — R$ 32,06 por ação mais R$ 0,01268 por papel classe A — e incluiu um bônus de R$ 0,50 por ação caso o acordo seja aprovado nesta próxima semana.

Correndo por fora, a Totvs marcou para o dia 27 de novembro uma assembleia com seus acionistas e os da Linx para deliberar sobre a proposta para compra. A empresa elevou sua oferta para pouco mais de R$ 6 bilhões e tenta convencer os acionistas da Linx a não aprovarem a venda para a Stone.

Sair da versão mobile