A Light (LIGT3) irá emitir um total de R$ 850 milhões em debêntures. Segundo o fato relevante publicado na madrugada desta sexta-feira (21), os papéis serão nominativos, escriturais, simples e não conversíveis.
A oferta será liderada pelo Santander (SANB11), que contará com a ajuda do BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA e UBS BB, que buscarão, segundo a Light, investidores tanto profissionais quanto no varejo.
A Light utilizará o capital para pagar parte da implementação e do desenvolvimento dos projetos e infraestruturas do programa “Luz para todos”, que deve gerar gastos de até R$ 2,1 bilhões.
O prazo de vencimento das debêntures – serão 850 mil papéis ao todo, cada um no valor de R$ 1 mil – serão de dez anos a contar da data emissão, em abril de 2031.
Emissão da Light já havia sido informada
A informação da emissão de debêntures já havia sido informada no fim de março, mas faltava a aprovação do conselho de administração da Light.
Em janeiro, a Light realizou um follow on em que movimentou R$ 2,74 bilhões, precificando a R$ 20 por papel. Metade da oferta foi primária, com a companhia de energia elétrica colocando os recursos em caixa, e metade secundária, com a Cemig (CMIG4) vendendo toda a sua posição na empresa.
A Light vem, já há algum tempo, reformulando a sua dívida líquida. Ao longo de 2020, a despeito da crise do coronavírus, a companhia conseguiu diminuir os seus déficits, que foram de R$ 5,7 bilhões no final de 2019 para R$ 5,4 bilhões no final de 2020, e sua alavancagem (DL/Ebitda) de 2,4 vezes para 1,7 vez.
A Light Energia já possui caixa líquido de R$ 361 milhões, sendo que a dívida líquida da holding se concentra, justamente, na Sesa, que possui R$ 6 bilhões a pagar.
Até o final do ano, R$ 2,2 bilhões em dívidas da Light Sesa vencem. A companhia afirma que continuará improvisando sua liability management, ou sua gestão mais responsável.
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