Após ultrapassar 165 mil pontos e atingir um novo patamar intradiário na manhã desta sexta-feira (5), o Ibovespa reverteu a curva positiva e está despencando mais de 3%. Por volta das 16h50, o principal índice acionário da bolsa brasileira recua 3,72%, aos 158.331,53 pontos.
A queda do indicador é um reflexo da variação negativa da maior parte dos ativos. Às 16h50, apenas quatro ações do Ibovespa operavam em alta: Weg (WEGE3), Klabin (KLBN11), Braskem (BRKM5) e Suzano (SUZB3).
Entre as maiores perdas, os papéis da Petz (PETZ4) lideram as variações negativas, com baixa de 9,77%, seguidos por Azzas 2154 (AZZA3) e Qualicorp (QUAL3), que derretem 9,26% e 8,94%, respectivamente.
Em meio ao recuo do Ibovespa, o dólar também rompeu uma sequência de quedas e está operando em forte alta de 2,31%, a R$ 5,432.
Por que o Ibovespa está caindo?
O principal índice acionário da bolsa brasileira está refletindo novas movimentações no âmbito político e incertezas envolvendo as eleições presidenciais de 2026.
“A virada brusca do Ibovespa, que deixou para trás o recorde histórico dos 165 mil pontos para mergulhar na casa dos 159 mil, tem relação direta com a notícia de que Jair Bolsonaro decidiu apoiar seu filho, Flávio Bolsonaro, como candidato à Presidência em 2026. O mercado não esperava esse movimento e reagiu de forma imediata, praticamente descolando o Brasil do restante do mundo, onde as bolsas seguiam em alta moderada”, explica Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital.
Além disso, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre também segue no radar do mercado. Ontem, o IBGE informou que o PIB brasileiro registrou alta 0,1% no terceiro trimestre de 2025. O número veio abaixo das estimativas dos analistas, o que também contribuiu para o cenário negativo do Ibovespa na sessão de hoje.
